UMA FERRAMENTA
Em todas as épocas existiram variadas formas de adivinhação, surgidas em razão
do temor e da vulnerabilidade do homem frente ao desconhecido. Por muito tempo
a humanidade tem delegado poder a outro que, consultando a ‘divindade’ traz a
resposta à determinada questão solicitada. Seus conselhos, de modo geral, pesam
fortemente nas decisões pessoais.
Na
sociedade moderna, este delegar ao outro a solução aos próprios problemas, de
uma forma ou de outra, continua a ser praticado. A grande dificuldade na tomada
de decisões, face a uma falta de centramento, de auto-confiança, de
auto-discernimento, faz o individuo crer que a melhor solução será aquela
indicada pelo outro, credenciado como sábio, profeta, vidente...
Apesar de todo o progresso da ciência (ou talvez por esta razão), o homem
continua dependente de uma interpretação mágica da realidade e do universo, que
lhe dê a bula de como agir diante de determinada situação.
Mas o
propósito do trabalho é muito maior...
A consciência de hoje já possibilita se saber que cada um é o responsável por
si mesmo e deve portanto trabalhar sobre si no sentido de se conhecer mais,
para sair da ilusão que o aprisiona e agir sobre si e sobre suas circunstâncias
de forma consciente.
Conhecendo e se reconhecendo em sua força e em sua fragilidade. E trabalhando
sobre si para aceitar-se...como se é...
Só assim se abrirá espaço para também se respeitar e se aceitar o outro como o
outro é, com as verdades que tiver, premissa básica necessária para se viver
pelos valores do íntimo.
Elucidar um momento de vida, uma circunstância, é colocar luz sobre ela. O
TARÔ, através de sua simbologia e sincronicidade, pode ser instrumento de
auxílio neste processo de consciência, permitindo que se revele mais do
panorama que está e dos mecanismos que podem constituir a ‘camisa de força’ que
prende o ser no sofrimento. Para aí o verdadeiro trabalho se iniciar: de si
consigo mesmo.
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