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domingo, 30 de junho de 2013

                       ORIGENS

O Tarô é reconhecido como a pedra fundamental do Hermetismo no Ocultismo Tradicional do Ocidente. Ouspensky no seu trabalho "The Symbolism of the Tarot - Philosofy of Occultism in Pictures and Numbers", resume a ligação entre o Ocultismo e o Simbolismo do Tarot, como a seguir:
         Nenhum estudo de filosofia oculta é possível sem uma familiaridade com  o simbolismo, pois se as palavras ocultismo e simbolismo são corretamente utilizadas, elas significam quase que a mesma coisa. O Simbolismo não pode ser aprendido como se aprende a construir pontes ou a falar uma língua estrangeira, e a interpretação de símbolos requer um estado mental especial; além de conhecimento, faculdades especiais como o poder do pensamento criativo e o desenvolvimento da imaginação são necessários.

      Existem muitos métodos para o desenvolvimento do "sentido dos símbolos" para aqueles que procuram conhecer as forças ocultas na Natureza e no Homem. O mais sintético, e um dos mais interessantes destes métodos, é o Tarô.
        Este estudo, entretanto, obedece regras especiais, pois um símbolo pode servir para engatilhar e transferir nossas intuições e sugerir novas, apenas enquanto seu sentido não é definido; por isso, símbolos reais como o Tarô, estão perpetuamente em processo de criação, porque se recebem um significado definido, tornam-se hieróglifos e finalmente, um mero alfabeto. 

         Em sua forma exterior o Tarô é um pacote de cartas utilizado para jogos e adivinhação da sorte. Estas cartas foram inicialmente conhecidas na Europa no final do século XIV, quando eram utilizadas por ciganos espanhóis, como quer Ouspenski; Tarô do Bohemios, para Papus.

        Embora sua origem exata seja desconhecida, diversos ocultistas famosos como Paracelso (Teophrastus Bombastus von Hohenheim), Papus (Gerald Encausse), Fabre d'Olivet, Court de Gebelin e Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) a atribuem aos egípcios, outros aos Atlantes.
Segundo Ouspensky, durante a Idade Média, quando os Tarôs apareceram históricamente na Europa, existia uma tendência para a construcão de sistemas lógicos, simbólicos e sintéticos análogos à "Ars Magna" de Raymond Lully. Mas produções similares ao Tarô existiram na China e na Índia, desse modo impedindo-nos de imaginar que o Tarô foi um destes sistemas criados na Europa, durante a Idade Média. Por diversos motivos, é também evidente que o Tarô está conectado aos Antigos Mistérios e Iniciações Egípcias. 
            Entretanto, embora de origem discutível e de objetivos desconhecidos o Tarô é sem nenhuma dúvida o mais completo código de simbolismo Hermético que possuímos.
           Laurens van der Post em sua introdução para o livro "Jung e o Tarô - uma Jornada Arquetípica" de Sallie Nichols, coloca:

... Ele (Jung) reconheceu de pronto, como fez com muitos outros jogos e tentativas primordiais de adivinhação do invisível e do futuro, que o Tarô tinha sua origem e antecipação em padrões profundos do inconsciente coletivo, como acesso a potenciais de maior percepção à disposição desses padrões. Era outra ponte não-racional sobre o aparente divisor de águas entre o inconsciente e a consciência, para carrear noite e dia o que deve ser o crescente fluxo de movimento entre a escuridão e a luz... Desta forma o Tarô é no mínimo uma autêntica tentativa de ampliação das possibilidades das percepções humanas...

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