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domingo, 6 de novembro de 2016

AO PONTO ÔMEGA ATRAVÉS DA ARTE

No paradigma da complexidade, a incerteza, a indeterminação, a aleatoriedade, as contradições aparecem não como resíduos a serem eliminados pela explicação, mas como ingredientes não elimináveis da nossa percepção/concepção do real, e a elaboração de um princípio de complexidade precisa de que todos estes ingredientes alimentem a explicação complexa.

Uno-múltiplo, todo-partes, ordem-desordem, sujeito-objeto, observado-sistema observado....É complexo porque o paradigma sistema nos obriga a unir noções que se excluem no âmbito do princípio da simplificação. É complexo porque estabelece implicações mútuas entre noções classicamente distintas . É complexo porque introduz causalidade complexa.

Esta nova visão deixa de ser um pensamento de sobrevôo para se tornar um olhar situado, que busca compreender o que é o homem a partir dos fenômenos concretos por ele protagonizados, enfocando suas experiências, seu mundo vivido.

É tempo de encontrar metapontos de vista_  sobre a existência e a dinâmica da noosfera; sobre a tecnosfera a que estamos cada vez mais embrenhados; sobre este sistema vivo e mutante, intrincado é maravilhoso que é o corpo humano, seus sistema de constituição e informação; sobre  a dança como agente de criação, de conexão, de acesso_ que só podem aparecer com a ajuda das idéias complexas.  A subjetividade original de cada ser, através da atenção, da auto-observação e da experimentação, focadas através desta visão complexa, podem contribuir para o entendimento do processo de auto criação da própria realidade a partir de suas múltiplas interações.

Edgar Morim (2013) afirma:
“Uma nova racionalidade deixa-se entrever. A antiga racionalidade procurava apenas pescar a ordem na natureza, Pescavam-se não os peixes, mas as espinhas. A nova racionalidade, permitindo conceber a organização e a existência, permitiria ver os peixes e também o mar, ou seja, também o que não pode ser pescado” (Morin, 2013)

Este princípio conduz a uma prática responsável, liberal, libertária, comunitária e também à redescoberta da questão da sabedoria e à necessidade de fundar a nossa sabedoria. A procura dessa sabedoria é, nesse sentido, a procura da superação da cisão que se operou entre o universo da meditação e o da prática social.

A Arte é a grande chave. O meio pelo qual o sujeito poderá sair do excesso de racionalismo que normatiza e engessa e trazer à consciência especificidades a serem expressas que, por não estarem conscientizadas, encontram-se, na maioria das vezes inativas, inoperantes, asfixiadas, imobilizadas. A Arte oferece a criação de várias vias, intersecções, comunicações, ressonâncias, sinapses, neste caminho de acesso ao Ponto Ômega da consciência unificada.


            

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