A DOENÇA
É UM MESTRE. (extratos)
Conceição Trucom artigo completo no site DOCE LIMÃO
A saúde plena do homem depende da sua capacidade de perceber afetivamente os desafios da sua existência e
interrelação com o universo. E, que as doenças ganham espaço e força quanto
mais as percepções sofrem interferências dos desequilíbrios psicoemocionais, ou
seja, são imaginárias ou iludidas. E, por essa visão, torna-se evidente que é o
espírito que organiza a matéria, e não o físico que cria a essência. Porque
afeto, gratidão, bom-humor e harmonia são qualidades 100% espirituais.
O Ser
humano é perfeito na sua essência. A experiência evolutiva a ser vivida não
precisa necessariamente ser através da doença. Mas, estamos todos aqui na Terra
para viver uma experiência de Acordar para o Amor.
Deus
tenta o tempo todo nos despertar pelo, e para, o Amor. Mas, como seres humanos,
cheios de inconsciências, nos mantemos adormecidos, com cegueiras, problemas
para sentir, escutar e adiamos este imprescindível despertar.
Importante
lembrar: nós não SOMOS IMPERFEITOS, nós ESTAMOS imperfeitos, densos, viciados,
sedados, polarizados e doentes.
Intoxicados
pela poluição do mundo moderno, por hábitos, modelos, condicionamentos e a
ilusão de que eles são verdadeiros. Em todas as extensões. Precisamos nos
voltar para dentro, dialogar com o corpo, que é uma representação física de
todo o Ser, e descobrir o que ele está querendo nos comunicar.
Ironicamente,
o único propósito da doença é nos avisar. Como uma amiga sincera, ela tem por
objetivo purificar e unificar todos os corpos, não se intimidando em apontar os
nossos desvios. Mas na visão in-sana do Homem, a doença é uma inimiga que, sem
mais delongas, deve ser rapidamente eliminada.
Mas,
como entender o significados destes sintomas? Como entender a linguagem do
nosso corpo?
Garanto
a você que para o intoxicado fica difícil ter lucidez e dialogar com o corpo e
a Alma. Em algum momento temos que interferir neste círculo vicioso:
'Estou
doente porque estou intoxicado' ou;
'Estou
tão intoxicado que não sei como achar o caminho da cura'.
A doença é um mestre porque obriga o doente a parar e refletir: minhas
ações estão centradas no afeto ou no medo? Na busca da verdade ou no
esconderijo das sedações e ilusões? No silêncio ou no lastimar? Em geral, o
doente não é vítima inocente de alguma imperfeição da natureza ou de uma
condição insalubre. Ele não pegou uma doença, ele construiu, ainda que
inconscientemente (porque iludido), a sua doença. Se, porventura, podemos
culpar bactérias ou toxinas que impregnam nosso organismo e ambiente, podemos
dizer também que todos os seres, de certa forma, estão expostos aos mesmos
agressores e venenos.
Nosso mundo é inteiramente insalubre e, ao mesmo tempo, pleno de luz e
harmonia: atraímos (ou percebemos) a insalubridade ou a pureza como reflexo da
nossa afetividade e pensamentos. Deixamos entrar aquilo que, conscientes ou
não, permitimos. O doente é responsável por sua doença, que é também um mestre.
Entenda: a doença não é uma “cruz”, mas a ponta do tanto de aprendizado,
amadurecimento e fortalecimento que podem advir dessa experiência. Os sinais (e
sintomas), além da manifestação característica de uma determinada doença, são a
expressão física dos conflitos internos (psicoemocionais e espirituais) e têm a
função de mostrar ao doente as diferentes facetas de seu momento evolutivo.
A vida, frequentemente, coloca-nos em situações aparentemente repetidas
para que possamos absorver delas o aprendizado. Enquanto esse aprendizado não
for introjetado, seguirá ocorrendo “o mesmo filme”. Sintomas, portanto, são
partes da sombra da nossa consciência (e caos do inconsciente) agora sob
holofotes. A doença é uma verdadeira chamada para a transformação, a cura, o
crescer, a expansão da consciência.
Quando essa dormência torna-se perigosa à evolução, surge a doença que,
por meio dos seus sintomas, pretende apenas nos despertar: caia na real. A cura
verdadeira nunca virá de fora. Estamos permanentemente diante do resgate da
consciência. Todos os desequilíbrios são efeitos da inconsciência que não foi
inspirada para o consciente. A cura da doença não está nos remédios, mas sim na
sintonia com seu ser, seu espírito que deseja evolução. Para que a cura
aconteça, use a doença como um mestre. Trata-se da grande tarefa do despertar
da nossa identificação com o mundo da forma: o corpo adoece para avisar que
nossa parte não visível está sendo usada sem a ajuda da Alma, sem buscar a
inspiração, o amparo, o amor, a luz da Criação
Para sair deste círculo vicioso e discernir o que é
"sano" há que se fazer uma faxina. Desintoxicar-se.
Precisamos dos nossos 5 sistemas excretores a pleno
vapor para nos ajudar.
A maior parte das inflamações e infecções são
esforços do organismo para se livrar das substâncias nocivas que se depositam
nas suas células e nos espaços intercelulares.
Alergias, intoxicações, fungos, vírus e bactérias
não são agressores externos que atacam o organismo "por acaso". Seu
papel é super útil, desde que os mecanismos de auto-defesa do corpo estejam
prontos para bloquear e controlar a sua ação.
Que tal começarmos a ser cúmplices do nosso corpo e dialogarmos com ele
diariamente? Permitirmos um banho interno diário, que limpa todas as toxinas de
todas as partes dele?
Todas as culturas antigas e orientais valorizavam
estes rituais de limpeza e desintoxicação para poder intensificar os trabalhos de
evolução, de purificação, o alinhamento com as frequências de sanidade e
lucidez.
Para estas mesmas culturas, quando alguém é
acometido de algum mal ou doença, a pessoa se sente grata, pois as
manifestações físicas lembram que é um momento especial para a realização de
uma introspecção e auto-análise. É hora de saber se o que está acontecendo tem
origem psicológica, emocional ou física (ou todas) e desfazer este padrão.
Trata-se de um momento de reflexão: parar, pensar e
repensar a vida. Devemos ser gratos a tudo, inclusive àquela parte do corpo que
está se sacrificando para 'ANUNCIAR': existe um freio, uma miséria, um
adormecimento, um excesso, ...
O trabalho com a desintoxicação é muito simples, o
difícil é despertarmos para a responsabilidade consciente de que devemos deixar
sair TUDO o que nos impede de crescer. Para tanto, a doença é um grande mestre.
Não precisamos ficar doentes, mas é através da doença que o corpo clama
pela transformação de atitudes destrutivas e crenças do mundo da ilusão.
Não podemos nos "livrar" da doença.
Precisamos entendê-la para construir transformações internas e uma possível
cura. Precisamos nos aliar ao nosso corpo e "escutar" toda a sua
comunicação, jamais emudecê-lo. Esse diálogo com o Mestre é um processo 100%
individual.
Quanto mais temos raiva ou desidentificação para
com a doença, mais difícil será revertê-la.
Muitas vezes a cura física pode não ser 100% possível, mas a
transformação sempre representará a cura emocional/espiritual. O estado de paz
e aceitação é na verdade a grande cura.
Muitas pessoas querem rapidamente entender o
significado de sua doença, que muitas vezes foi cristalizada ao longo de vários
anos de pouca identidade com seu processo de evolução e crescimento. E aí,
impotente e vulnerável diante da doença, quer encontrar rapidamente uma fórmula
para se "livrar" da doença e dor.
Não penso que seja uma questão matemática do tempo
(anos construindo a doença = anos para a cura), mas tenho a certeza que as
respostas a este Mestre que é a doença, têm que ser encontradas pelo próprio
dono do corpo.
Existem pessoas que não conseguem introjetar (compreender, aceitar,
concordar) o diagnóstico. Às vezes por medo, falta de fé ou força de vontade,
falta de acreditar em si mesma, radicalismos em idéias, preconceitos e
conceitos. A doença passa a ser um ópio para esquecer quem somos, esquecer de
nós mesmos e agir fugindo das verdades internas.
Inimigos ocultos – Um poema às doenças . Maurício Santini
Sofre de reumatismo, Quem percorre os caminhos
tortuosos, Quem se destina aos escombros da tristeza, Quem vive tropeçando no
egoísmo.
Sofre de artrite, Quem jamais abre mão, Quem
sempre aponta os defeitos dos outros, Quem nunca oferece uma rosa.
Sofre de bursite, Quem não oferta seu ombro
amigo, Quem retesa, permanentemente, os músculos, Quem cuida, excessivamente,
das questões alheias.
Sofre da coluna, Quem nunca se curva diante da
vida, Quem carrega o mundo nas costas, Quem não anda com retidão.
Sofre dos rins, Quem tem medo de enfrentar
problemas, Quem não filtra seus ideais, Quem não separa o joio do
trigo.
Sofre de gastrite, Quem vive de paixões
avassaladoras, Quem costuma agir na emoção, Quem reage somente com impulsos,
Quem sempre chora o leite derramado.
Sofre de prisão de ventre, Quem aprisiona seus
sentidos, Quem detém suas mágoas, Quem endurece em demasia.
Sofre dos pulmões, Quem se intoxica de raiva e de
ódio, Quem sufoca, permanentemente, os outros, Quem não respira aliviado pelo
dever cumprido, Quem não muda de ares, Quem não expele os maus fluidos.
Sofre do coração, Quem guarda ressentimentos,
Quem vive do passado;
Quem não segue as batidas do tempo, Quem não se
ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.
Sofre da garganta, Quem fala mal dos outros, Quem
vocifera, Quem não solta o verbo, Quem repudia, Quem omite, Quem usa sua
espada afiada para ferir outrem, Quem subjuga, Quem reclama o tempo todo,
Quem não fala com Deus.
Sofre do ouvido, Quem prejulga os atos dos
outros, Quem não se escuta, Quem costuma escutar a conversa dos outros, Quem
ensurdece ao chamado divino.
Sofre dos olhos, Quem não se enxerga, Quem
distorce os fatos, Quem não amplia sua visão, Quem vê tudo em duplo sentido,
Quem não quer ver.
Sofre de distúrbios da mente, Quem mente para si
mesmo, Quem não tem o mínimo de lucidez, Quem preza a inconsciência, Quem
menospreza a intuição, Quem não vigia seus pensamentos, Quem embota seu canal
com a Criação, Quem não se volta para o Universo, Quem vive no mundo da lua,
Quem não pensa na vida, Quem vive sonhando, Quem se ilude, Quem alimenta a
ilusão dos outros, Quem mascara a realidade, Quem não areja a cabeça, Quem
tem cabeça de vento.
Causa e efeito. Ação e reação. Tudo está
intrinsecamente ligado. Tudo se conecta o tempo todo. E assim,
sucessivamente, passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo.
Somos, certamente, o maior amor das nossas
vidas!
Assim como o nosso maior inimigo é aquele que
está oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de nós mesmos.
Texto extraído do livro Alimentação Desintoxicante - Conceição Trucom -
editora Alaúde.
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