NOOOSSA!
Indignação, surpresa, espanto,
contrariedade...
Às vezes, o outro faz coisas que
achamos absurdas só porque são diferentes daquilo que nós consideramos o certo.
Eu quero assim, ele quer assado, eu vejo assim, ele vê
assado...
Para nós, aquilo que nós consideramos
o certo, é o normal de ser feito. O diferente do nosso jeito de ser, sempre é o errado, o absurdo, o
impossível de entender, o escabroso, o espantoso!
Mas por que é assim?
Porque nós não damos ao outro o direito de
se expressar e ser do jeito que ele é, de acordo como ele sente que é verdade para ele?
E quem é esse outro? Pode ser qualquer um. Inclusive aquele bem
de perto, o pai, a mãe, o filho, a filha, o marido, a esposa, o irmão, a
irmã.....
Cada outro é uma individualidade. Ou seja, tem um conjunto de
características que são próprias somente dele. A sociedade insiste em querer nos
abafar e nos impor um jeito padronizado de ser. Nos diz o que é certo, errado,
bonito e feio. E o quanto valemos por seguirmos os seus preceitos.
Mas somos uma individualidade única no universo! Que pensa,
sente, age e reage única e exclusivamente dentro de seus conceitos e suas verdades!
O maior presente que o ser humano
tem é a sua vida para viver em felicidade. Assim deveria ser. Passando por
todas as provas deste mundo, mas sem se engatar nas contrariedades, no
sofrimento. Estando cientes da responsabilidade
por nossos atos (pois sempre colhemos aquilo que plantamos), termos a liberdade
de podermos ser quem somos e agirmos do jeito que quisermos, nos libertando de,
a todo momento, nos sentirmos contrariados, por todo tipo de ‘besteira’.
Isto que queremos para nós, o
outro também quer para ele.
É preciso que cada um de nós dê ao outro este mesmo direito.
Dele ser quem ele é...
Dele agir como ele quer...
Dele sentir como ele quiser...
Dele entender as coisas como ele puder...
Dele ser responsável por ele
próprio...
Dele se expressar de acordo com a
sua
verdade e não de acordo com a minha...
E assim fica fácil entender que
ele fala outras coisas. Não para me contrariar. Não porque não me ama. Não porque
tem raiva de mim e quer me ‘ferrar’. Não porque quer sempre ganhar, levar vantagem,
estar por cima. Não porque tem inveja e ciúme de mim. Não porque quer ocupar o
meu lugar. Não porque não tem a menor
consideração por mim.
Mas apenas porque ele é ele e não eu!
E, dentro do seu entendimento, ele só pode fazer o que ele pode,
o que ele acha
certo, do jeito que ele tem condições
e consciência para fazer!!
Esta compreensão é profundamente
libertadora!
Vai nos revelando o mecanismo da ‘igualdade’,
onde todos somos iguais no direito de exercermos as nossas diferenças.
Cada um é um indivíduo. É uma
individualidade com características e perfis próprios. Então este ser só pode
pensar, sentir e agir de acordo com sua
individualidade e não a minha.
Entendendo este mecanismo, eu fico
mais tolerante e menos crítico quando alguém faz algo que eu não gosto. E posso entender que na vida, não adianta
nada o meu ‘gostar’ ou ‘não gostar’, a não ser para agir sobre mim mesmo, e não em relação ao outro.
E passo a me exercitar na
aceitação da liberdade que o outro tem, assim como eu tenho e quero ter, de ser
quem é.
E dou a ele este direito que é
dele! Apenas o reconheço!
E aí, deixo de falar mal! Deixo
de ranger os dentes! Deixo de ser o coitadinho! Deixo de ser o raivoso! Deixo
de ser o bonzinho e o sabe-tudo! Deixo de ser o reclamão e o chato!
Porque reconheço que é assim que funciona o mecanismo!
E se é assim que funciona o
mecanismo, como posso pretender me colocar contra algo sobre o qual não tenho
poder de mudar?
Tenho poder de mudar a forma como eu sinto diante das coisas da
vida e tenho o poder de optar pela minha felicidade!
Então é isso o que eu devo fazer!
Mudar a minha forma de ver o mundo, para poder ser feliz! Não me sentir
contrariado a partir de qualquer coisa. Mas agir buscando a maturidade do meu
relacionamento com a vida, a maturidade do entendimento, da compreensão, da
consciência!
É possível isto? É começar a
tentar. Agora! Em cada pequena contrariedade.
“EU SOU a Perfeição em manifestação. Assim como ele , e ela, e ele... e
todos os seres o são!”
CELEBRE
"Sua vida é sua festa
não tem duas velas iguais
então: celebre-se!
Abra-se em passarela
festeje suas alas, suas salas
adereços e endereços.
Desfrute-se sem medo de ser tomate.
Celebre-se 360 graus:
primavera, verão, desejo e medo.
Chova, tsunami e terremoto.
Quando estiver ferro e fogo
respire! releve-se!
Musica é feita de altos e baixos
e até as águias precisam descer das nuvens
pra beber a água das nuvens.
Beba-se do troféu ao fiasco
deixe a vida fazer turismo em você
caminhar no seu parque de diversos
gira-lo no antes e depois
comendo tédios e algodão doce.
Ame os mocinhos.
Odeie os bandidos.
Ame os bandidos.
Odeie os mocinhos.
Você pode tudo que pode.
Então: possibilite-se!
Pra você ser você não é preciso esforço
nem diploma, nem dinheiro.
Basta optar: ser ou não-ser?
Não-ser é trilho de trem
só celebra a risca
não petisca nada de novo.
Ser é galinha
que cisca, cisca, cisca
e bota ovo." (Marcelo Ferrari)
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