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quinta-feira, 3 de julho de 2014

continuação MECANISMOS DAS IMPERFEIÇÕES HUMANAS

E QUAIS  SÃO AS IMPERFEIÇÕES HUMANAS?
E quais são estas imperfeições que bloqueiam a sua comunhão com o Todo?
Irritação, raiva, dúvida, medo, e suas derivações... mas por detrás de todas está o viver de uma forma viciada no egoísmo.
O vício é uma impureza, uma dependência, uma condicionalidade que impede a felicidade.
Por causa do vício no egoísmo, ou seja, por causa necessidade de ter todas as suas vontades atendidas o ser deixa de amar o próximo. Depende de que suas paixões, posses e desejos sejam contempladas e exige do outro que ele seja aquilo que considera certo.
Não é o fato de se ter um conjunto de interesses individuais e nem o fato de querer preservar este conjunto, até se pode tê-los...mas sim o fato de depender de que ele seja preservado para poder ser feliz. Todos podem acreditar no que acreditam e sonhar que as coisas aconteçam do jeito que querem.  Mas condicionar a sua felicidade a isso?!
A mente transforma o vício em algo normal. Ela doura a pílula do vício, utilizando-se de regras e normas que criam uma falsa normalidade, para que não se repare que se está viciado. Ela enfeita o pensamento, a razão, com as normas humanas, os códigos de padrões humanos, para não deixar o ser ver que está viciado em determinadas posturas ou ações. Ou seja, ela não deixa ver que o ser  passou a depender de determinadas coisas para ser feliz!
Este é o problema da questão vício como impureza para aquele que quer alcançar a perfeição: ele é escondido pela mente atrás das normas e regras que geram obrigações e causam necessidades a cada um.
É por conta desta subordinação que são considerados como viciados apenas os alcoólatras, os fumantes e os toxicômanos, mas isto não é real: todo aquele que depende de alguma coisa, seja esta qual for, é um viciado. Por isso, o vício está presente em locais onde nem se imagina: no chegar na hora certa, na obrigação de pagar todas as contas, na necessidade de andar de carro ao invés de ir a pé, etc. Tudo isto que é considerado uma coisa normal, na verdade é uma impureza para aquele ser que quer aproveitar esta encarnação.
Por que isso? Porque todo raciocínio que é fundamentado num código de normas que gera obrigações e necessidades, leva a um vício!
Libertar-se do vício é reconhecer que nada é necessário, obrigatório ou tem que ser de determinada forma. Sempre que estas condições existirem num pensamento, ali há um vício do qual o ser precisa se libertar para poder viver a felicidade pura e eterna. Esta obrigação de ser, estar e fazer qualquer coisa é a ação viciada gerada pela mente para a provação do espírito.
Neste momento é preciso que se diga a si mesmo: ‘Pare! A mente está dizendo que tenho que fazer isto agora, mas não vou me apegar a isso; se fizer, fiz; se não fizer, não fiz’… É assim que se liberta do vicio: retirando daquele momento a condicionalidade que mente cria. Isto porque toda condição que se impõe à vida é uma impureza, que deve ser o alvo da atenção e do trabalho para a libertação.
O remédio para o vício é a aceitação! Aceitar o fazer e o não fazer, ao invés de culpar-se pelo não feito. Aceitar tudo o que acontece sem lutar contra o acontecimento torna livre do vício. Isto porque a condicionalidade que caracteriza a existência de um vício é apresentada pela mente através da cobrança de ser, estar, ou fazer alguma coisa. Se o vício, a ação viciada é fomentada na obrigação, a ação não viciada é aquela que aceita o acontecimento sem perder a paz, a tranquilidade e a harmonia.
Passar por situações com prazer – sim, porque o prazer é o resultado de um vício atendido – ou dor, é a prova de que se é viciado em alguma coisa, principalmente em egoísmo. Sendo assim, passar por elas em paz, harmonia e tranquilidade é a prova de que, naquele momento, o ser foi independente da personalidade humana que lhe serve como instrumento da provação.
E nesta sintonia pode se aproximar do mundo da perfeição, abrindo um canal de fluidez para a felicidade e plenitude.
(extratos do livro ‘As Imperfeições Humanas’ . meeu.com.br)

Parte 1 . RECONHECER O MECANISMO DAS IMPERFEIÇÕES HUMANAS

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