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domingo, 20 de abril de 2014

VIVENDO O PAI NOSSO
visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“Perdoa as nossas ofensas como também perdoamos os que nos ofenderam”.
Pedir a Deus que perdoe as nossas ofensas é uma redundância. O Pai não pode acusar um filho de nenhum dos seus atos físicos porque é Deus quem idealiza e comanda a execução de cada ato (Causa Primária). Não pode também acusar o filho pelos atos espirituais (escolha de sentimentos para reagir a acontecimentos) porque concedeu a cada um o livre-arbítrio, ou seja, a liberdade da prática desses atos.
O perdão que Cristo nos ensina a pedir não é a Deus, mas aos nossos semelhantes. Quando o ser promove um ato que fira os conceitos do próximo (ofensa), gera uma situação onde esse poderá escolher sentimentos negativos para reagir. É por ter merecido se transformar no instrumento de Deus para essa prova para o próximo que o mestre nos aconselha a pedir o perdão ao irmão.
Quando pedimos perdão ao nosso semelhante não estamos implorando por clemência, mas que o nosso ato não seja entendido como errado. É da consciência que cada ato é planejado e comandado pelo Pai de acordo com o merecimento e necessidade dos envolvidos que nasce o perdão. Somente essa consciência pode levar ao perdão, ou seja, a não acusação de erro.
Assim, quando Cristo nos diz que devemos pedir perdão por nossas ofensas, concita-nos a implorar ao próximo que não veja erro em nossos atos, mas que os receba como justos e necessários. Só assim ele poderá recebê-los com amor. Quando isso acontecer nos banharemos nesse sentimento e não nos tornaremos, futuramente, merecedor de servir de instrumento a Deus para novas situações negativas para os outros.
Entretanto, a oração ensinada pelo mestre não termina com o pedido de perdão para nossos atos, mas coloca essa forma de agir na dependência de também nós perdoarmos o próximo. Para que possamos receber amor dos outros é necessário que também os amemos. Tudo que o espírito recebe de Deus é conquistado pelo merecimento.
Enquanto o ser não reagir a todos os acontecimentos sem ver erros nas ações do próximo, não poderá ser colocado por Deus para praticar atos na frente daqueles que podem reagir com amor. Enquanto sua reação for com sentimentos negativos o espírito merecerá ser colocado face àqueles que utilizam esses mesmos sentimentos.
De nada adianta ao ser orar pedindo perdão a Deus por seus atos enquanto não viver a vida perdoando aqueles que contraiam os seus desejos.

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