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sábado, 26 de abril de 2014

vencer suas humanidades 1
A GRANDE LUTA DO SER HUMANO: VENCER AS SUAS HUMANIDADES

Para aquele que se considera um espírito tendo uma experiência como ser humanizado, a sua grande luta é vencer as suas humanidades, seus apegos, seus quereres e saberes, suas verdades e seus conceitos, seus hábitos e sua forma de viver satisfazendo valores humanos transitórios e materiais.

A maior ferramenta que o ser humano conta para seu trabalho sobre si, neste árduo processo, é a sua própria consciência.
Através dela ele tem a possibilidade de ‘se revelar a si próprio’, conhecer mais de si, perceber melhor suas circunstâncias e em que grau de consciência ou alienação ele as vive.

Muito se pode estudar e vivenciar neste processo de aprender a viver pelos valores da essência, e vir gradativamente se libertando das próprias humanidades que aprisionam numa vida voltada para os valores do externo.
Buscar ter uma vida simples e cada vez mais consciente é um trabalho constante sobre si, de atenção e vigilância, pois é da vida mesma, de suas circunstâncias, que vem o material para este auto-aprimoramento.

Uma situação muito comum do cotidiano, que pode causar grandes desconfortos e sofrimento é o ‘sentir-se afrontado’ por situações conflituosas de convivência.
O ‘sentir-se afrontado’ que determinadas situações, determinadas relações costumam causar, quer seja no trabalho, nas relações, na forma de viver enfim, pode ser uma excelente oportunidade, como um ‘cutucão’, uma forte convocação, para uma tomada de decisão consciente a respeito deste sentimento.

Vale lembrar que entendemos que ninguém afronta ninguém, a menos que si próprio se sinta afrontado. Portanto, cabe somente a si próprio compreender e resolver qualquer situação dita ‘de afrontamento’.

Como se dá esse processo do afrontamento e como o ser pode se libertar?

As vezes o afrontamento é gritante e rapidamente exige uma tomada de posição. Outras vezes, porém, o afrontamento é discreto porém contínuo. Sutilmente ele vai criando uma situação interna de incômodo, de não concórdia, de negação interna, que muitas vezes não é considerada, vai passando desapercebida e só vai ser possível se revelar a si próprio, com nitidez, quando o grau de luz interna, o grau de lucidez do ser permitir este ‘auto-revelar-se’.

Normalmente se dá através de alguma ‘explosão’, como um dique que se rompe, quando o ser é inundado por um nível de luz interna que tudo revela e escancara.

Daí a importância de trabalhar para o aumento da luz interior, ‘voltando seus holofotes para dentro de si’ e deixando de fornecer sua atenção e energia, quase que totalmente, às coisas do mundo externo, para que mais rapidamente se chegue ao grau de percepção adequado à compreensão.

Esta auto-revelação interna convoca, impulsiona, concede força a uma tomada de posição diante do ‘dito’ afrontamento.  A consciência aclarada pode, ao compreender melhor a situação em que está presa, exigir uma intervenção.  
Que o ser poderá fazer de diversas maneiras:

1.  Ao se perceber sentindo–se afrontado, o ser toma consciência do que ocorre consigo mesmo, de seus mecanismos de respostas, percebe que sua intensa reação interior, de sentir-se afrontado, ocorre porque ‘o outro’ não fez, não agiu da maneira como ele considera certa, correta e adequada.
E aí está todo o sofrimento. O que fazer?
Buscar expandir a compreensão nesta mesma luz interna que trouxe a revelação, ou seja, sabendo-se um espírito em processo de vencer as suas humanidades.
Este entendimento faz toda a diferença no entendimento e no encaminhamento da ‘cura’ do sofrimento.
A compreensão de que somos todos espíritos em processo de evolução, traz o entendimento de que aquele outro, que faz uma ação que desperta o sentimento do ‘sentir-se afrontado’, tem o direito de fazê-lo.
E mais, está fazendo isto, para ser um instrumento de prova daquele que se sente ofendido, para que este possa ver, enxergar e agir sobre.
Portanto nisto não há afronta, nem afrontado, nem afrontador. Não há nada nisto que não seja a Perfeição de Deus agindo.

E por que então tanta revolta, tanta resistência, tanto ranger de dentes?

Porque esta prova, como todas aquelas pelas quais o ser humano passa em sua encarnação, está exigindo que este ser vença suas humanidades, dando ao outro o mesmo direito que quer para si, de ser quem é, e viver de acordo com suas verdades.

Este entendimento pode ser libertador de todo sofrimento contido na situação. Externamente, tudo pode permanecer como está; mas internamente, a compreensão pode iniciar o processo de libertação dos sentimentos de opressão e começar a operar a ‘cura do sofrimento’.

2. Porém, até chegar completamente a este entendimento e a esta prática consciente, o ser precisa compreender que, para vencer as suas humanidades é necessário um processo, às vezes árduo, mas que se dá ‘de passinho em passinho’. Cada degrau, cada tijolo colocado, conduz à estruturação de uma nova forma de viver e se relacionar com o mundo.

Ao invés de manter-se prisioneiro do sofrimento, num estado de desequilíbrio emocional, reagindo às suas contrariedades, o ser pode tomar providências internas e externas que o firmem cada vez mais nesta forma dita ‘espiritual’, de viver e lidar com suas circunstâncias.

Internamente, aproximar-se de Deus, buscar expandir a vivência pelos seus valores do íntimo; acumulando luz interna que traz lucidez.

Externamente, aliado ao processo de consciência, tomar providências práticas que são possíveis no momento. Perguntar-se objetivamente, sem melindres, sem acusações ao outro, o que realmente a pessoa pode fazer diante de tal circunstância; no caso por exemplo, o que a pessoa pode fazer diante do que a faz sentir-se ofendida:

‘Posso me afastar?’
‘Posso organizar melhor esta dinâmica?’
 ‘Como mantenho melhor a lealdade aos meus princípios e valores?’
‘A que forças estou servindo e mantendo quando permaneço nesta dinâmica de relação, sentindo-me afrontado e sofrendo por isso?’
‘Tenho forças, discernimento e disposição para fazer o que?’
‘Posso me reunir com pessoas mais afins à minha forma de pensar e agir para me fortalecer e aumentar meu auto-discernimento?’
‘O que me cabe fazer neste lugar em que estou?’
‘Como posso contribuir de forma mais harmônica?’

Voltar os holofotes ‘para dentro de si’, ou seja, não está no outro a solução, mas em si mesmo, em sua forma de se relacionar com o que ocorre!

O encaminhamento de ações em resposta sincera e objetiva, sem adjetivar mas procurando ver limpo e expondo de forma transparente, pode auxiliar grandemente ao ser manter-se mais centrado e portanto, poder manter mais vivo e harmonizado com o seu nível de consciência e contato interno, o que pode lhe dar o norte mais claro no caminho do seu trabalho sobre si.

3. Porém, caso deseje, o ser poderá permanecer como está, sentindo-se constantemente afrontado por determinada situação e nem tentando sair dela_ entendendo que não consegue porque não quer, não opta por, não se esforça para, não busca ajuda _  e entendendo que também tem esta opção: alienar-se de si e manter-se até quando quiser,  sentindo-se como quiser...esta também é uma opção.

4.   Ainda podemos considerar que o ser pode ter feito seu trabalho sobre si e não conseguido se libertar; portanto é continuar tentando, entendendo em tudo a vontade de Deus como soberana.

5.   Em qualquer das opções e sempre, está a vontade de Deus operando. Cabe a cada um procurar alinhar-se a esta vontade ao invés de reagir contra ela, querendo que a sua vontade prevaleça.

Vale lembrar também que, mesmo que mínima, uma pequena conversão de rumo na forma de sentir e viver suas circunstâncias, uma pequena permissão na abertura da consciência, pode vir levando o ser cada vez mais a estar em outro lugar de viver, quem sabe, de uma forma mais serena e harmônica.

É preciso buscar....

domingo, 20 de abril de 2014

CONSCIÊNCIA CRÍSTICA

Todo tempo é tempo...mas agora na Páscoa possamos, quem sabe, nos lembrar de iniciar ou expandir o trabalho sobre nós mesmos, no sentido da nossa consciência crística...
Consciência Crística é o conjunto de valores que Cristo possuía sobre as coisas deste mundo. Alinhar-se à consciência crística é passar a viver por estes valores, é passar a ver as coisas pelo mesmo prisma que ele via.
A premissa básica, que dá início a este trabalho interno, é saber que ‘Cristo é o amor em ação’. E o que significa isto? Que bastaria a nós todos trocarmos as múltiplas interpretações que temos da vida, do mundo, pelo ‘amar’. Como pode se dar isto se vivemos num mundo regido por valores individuais e transitórios, que são fundamentados pelo egoísmo e pelo amor a si mesmo acima de tudo? É preciso que nos perguntemos e tentemos encontrar as respostas...
Como seria este amor de Cristo?
Para conhecer este amor, este ‘amar’, precisamos deixar de compreender Cristo numa visão humana: aquele que veio para ‘como num passe de mágica’ fazer aquilo que queremos e pedimos, ou seja, para que possamos ganhar algo. E passar a compreender que Cristo não veio ao mundo para servir ao ser humano, como instrumento para que cada um alcance o que quer e gosta, mas para mostrar o caminho que cada um deve trilhar internamente, para chegar a Deus: o caminho onde se vive o ‘amar incondicional’, o caminho onde se vive o ‘seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu’.
Portanto Cristo veio para destruir a visão humana que o ser vive e que o afasta do Todo. Veio para acabar com a cegueira do ser humano que a tudo vê com os olhos da carne. Para que possa passar a ver ‘com os olhos do espírito’. E vivenciar a essência das coisas e não os valores materiais delas. 
Aquele que alcança a visão espiritual e com isso deixa de ser cego, é aquele que deixa de vivenciar as coisas materiais pelos valores humanos que são aplicados a elas. Considerando coisas materiais tanto objetos como pessoas, como acontecimentos...E passa a vivê-las pelos valores da essência.
Considerando essência como aquilo do que cada ação ou elemento é composto. A essência é a força que gera os acontecimentos e faz os seres serem da forma como são.  A essência se expressa no sentimento que está por detrás das palavras e das ações. Nos sentimentos está a verdadeira realidade, não nas formas. Somos nós, seres humanizados, quando vivenciamos os acontecimentos sem amar, que criamos uma essência dita negativa para um acontecimento. Nada do que ocorre no Universo pode ser considerado negativo, pois tudo é emanação de Deus, que é a Inteligência Suprema, a Justiça Perfeita e o Amor Sublime.
Tudo o que ocorre é instrumento perfeito para nossa evolução.
Vivendo o ensinamento do Pai-Nosso conseguiremos trilhar o caminho que nos permite cumprir o nosso 'a que viemos': ser o amor em ação.
Será possível isto?



VIVENDO O PAI NOSSO

 “Pai nosso”…
Para que sua existência seja uma oração constante, você terá que entender que Deus é seu Pai. Foi Ele quem lhe gerou e não a sua mãe ou seu pai biológico. Você não é fruto de uma combinação biológica, mas sim um espírito gerado por Deus.
Tem que compreender que não é obra de Deus, mas um filho gerado com carinho. O ser humano é uma obra, pois é composto de matérias, mas você, o espírito, é filho de Deus, fruto de um amor Dele. Portanto, para se viver como espírito nesta carne temos que tratar Deus como Pai e não como Arquiteto, Sábio, Governador, etc. A Deus o filho deve amor, aos outros deve obediência.
Um pai nunca quer o sofrimento para seu filho, mas sempre procurar encontrar meios para que ele progrida em sua vida. Da mesma forma Deus sempre coloca coisas na vida de um filho para que ele progrida, não para que sofra, mesmo que aparentemente o filho não entenda desta forma. Quando o pai biológico obriga o filho a estudar, coloca-o de castigo após uma travessura, sabe que o filho não compreende os reais motivos de suas atitudes, mas tem a plena convicção que aquilo é o melhor para ele. O filho não entende estas atitudes e acha que o está sendo alvo de autoritarismo, sofre porque vê a sua liberdade cerceada, mas quando cresce entende que aquilo foi o melhor para ele.
É desta forma que temos que encarar a vida. Quando as coisas não acontecem da forma que queremos é Deus, nosso Pai, nos obrigando ao estudo do amor e às vezes sendo obrigado a nos colocar de castigo. Ele não faz isso para o nosso mal, mas objetiva a evolução, o crescimento espiritual. Quando evoluímos espiritualmente, vemos que isso é uma verdade.
Mas Ele não é só nosso Pai, mas de todos os espíritos do Universo: Pai nosso. Cristo mostra claramente que temos que entender que todos os espíritos do Universo são filhos de Deus e, por isso, não devemos esperar privilégio algum sem que tenha antes havido o devido merecimento.
Pai nosso quer dizer que todos têm direito de receber as coisas de Deus e não só você. Quer dizer que todos no Universo são orientados por Deus para que passem pelas situações que podem lhe trazer mais rapidamente a elevação espiritual. Desta forma, você não pode se arvorar em dono da verdade e querer ditar o que é melhor para a vida dos outros, nem exigir que eles se mudem para o que imagina ser o melhor para a sua vida.
Se você tivesse um filho, gostaria que lhe ensinassem como educá-lo? Deus também não gosta daqueles que querem ensinar aos seus filhos como agir. Quando você julga uma pessoa, dizendo que ela está errada, busca assumir a paternidade dela, passando a frente de Deus.
Este verso da oração, assim como todos os outros, não são palavras para serem declamadas, mas entendimento para se viver a vida. É preciso abster-se da posição de dono do mundo, de chefe da família, para entregar de volta a Deus o comando das coisas.
Não adianta rezar as palavras Pai nosso, sem agir na vida sabendo que você é apenas um filho desta família onde há um Pai que comanda a casa. Não adianta se postar de joelhos apenas falando estas palavras, enquanto não entender que o outro não é seu subordinado, mas um irmão que obedece apenas a Deus.


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VIVENDO O PAI NOSSO
visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“… que estás no céu”,
O céu não é um lugar físico, mas um estado de espírito. Quem está no céu é aquele que por só utilizar sentimentos positivos, alcança a felicidade universal. Portanto, quem está no céu é aquele que reage a todos os acontecimentos com o amor universal.
Cristo ensina nesta oração que você tem um Pai que é repleto de amor para dar. Não adianta dizer estas palavras, mas sim viver com esta verdade.
Assim sendo, Deus não pode causar mal (situações de sofrimento) para você ou para qualquer um. Se Ele é o Pai, o Comandante de todas coisas, todas as situações estão embasadas no amor: este deve ser o seu entendimento sobre as coisas da vida. De que adianta rezar se vive achando que existem coisas que são más, que lhe causam sofrimento? Você diz que o Pai está no céu, mas age de forma como se Ele estivesse no inferno, que fosse capaz de gerar sentimentos negativos.
Na verdade é você quem julga que as coisas são erradas porque elas não satisfazem os seus desejos. Mas, você não é o dono do mundo, o Pai da família, como então quer dizer como as coisas devem ser nesta casa?
O pai biológico não faz tudo o que o filho quer, mas sempre pensa no que é melhor para o seu futuro quando o guia. Da mesma forma, Deus não provê o que você acha melhor (satisfatório), mas lhe dá o que precisa para aprender e evoluir-se espiritualmente.
A vida humana é igual à vida espiritual: o problema é saber quem é o pai e quem é o filho.
É isto que Cristo está ensinando. Orientando cada um a viver sua existência com a consciência de que tudo que acontece na vida foi o Pai que determinou que fosse daquela maneira e que é o melhor para o espírito.
Orar não é viver com as mãos postas o dia inteiro, mas alcançar a consciência que esta é a casa de Deus, que moramos nela e que Ele é nosso Pai. Saber que esta casa tem como fundamento a vivência do amor universal entre o Pai e os filhos e que, portanto, tudo que acontece objetiva a sua felicidade e não punição. Viver com a consciência da transitoriedade dessa vida e que ela é apenas uma parcela de tempo da existência infinita do ser.
Tudo que lhe acontece foi providenciado por Deus pensando nessa existência infinita.
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“que todos reconheçam que seu nome é santo”.
Os santos são aquelas pessoas que não cometem erros, ou seja, não praticam atos com sentimentos negativos. Portanto, quando na oração é dito santificado seja o nome de Deus, quer dizer que todos devem reconhecer que Ele nunca errará. É isto que Cristo está ensinando.
Você tem que viver sem descobrir erros nos outros, nas situações e objetos, pois tudo que existe é Ele que faz. Tudo que acontece é perfeito na sua forma, porque Deus é a Inteligência Suprema do Universo, a Justiça Perfeita e o Amor Sublime.
Enquanto você encontrar erros na ação divina estará negando essa santidade, essa elevação suprema de Suas propriedades. Assim, não adianta rezar porque a oração não é a palavra, mas o sentimento que sai do coração.

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VIVENDO O PAI NOSSO
visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“Venha o Teu reino”
Existe aí um pedido do espírito: que Deus o deixe participar do Seu reino. Todo espírito vem à carne para buscar o reino de Deus, onde existe o amor e a felicidade. O espírito não vem a Terra para fazer o que quer (satisfazer-se), mas sim para buscar participar do reino de Deus através da comprovação de que é capaz de ter somente amor dentro de si.
Você não veio aqui para fazer o que quer, mas para participar do reino de Deus, ou seja, viver com amor. A vida na carne é uma busca constante de provar que se é capaz de viver no mundo de Deus e, por isso, existe a necessidade de se viver todos os momentos da vida com esta consciência.
Enquanto você quiser ser ou fazer coisas apenas baseando-se na sua vontade, nos seus desejos, não participará do reino de Deus, pois o amor, único sentimento que nos leva a este reino, exige que haja igualdade entre todos. Para participar do reino de Deus precisamos alcançar a universalidade, eliminando o individualismo.
Para se ter amor é necessário aceitar que os outros façam aquilo que querem, sem que se veja nestes fatos erros. Não existe julgamento no mundo de Deus, pois o Pai concede o livre arbítrio aos seus filhos.
É necessário que você compreenda que veio a essa matéria carnal nesse planeta unicamente para provar que é capaz de amar e não para corrigir a todos. Cada um dos espíritos que encarnam no planeta Terra faz somente para realizar essa prova e nada mais é preciso para se viver esta vida.
Todas as outras coisas que valoriza neste mundo (direito, posse, soberba, certezas) não existem: é você que cria cada um desses valores de acordo com os sentimentos que usa. Quando utilizar somente o amor descobrirá que nada mais é preciso, pois ele o completará: lhe dará todo o direito, toda a posse que necessita, o orgulho correto e a certeza de viver no reino de Deus.
Para que querer ter a certeza de tudo, buscar estar correto sempre, se a única perfeição do Universo é Deus? Basta apenas amar ao Pai para descobrir todas as verdades do Universo.
Querer ter razão sempre é como diz o sábio no livro Eclesiastes: é querer pegar o vento com a mão. Se você quiser pegar o vento com as mãos ele lhe escapará por entre os dedos. Da mesma forma, a razão que você imagina ter sobre um assunto sempre lhe escapará, pois os fatos alteram-se constantemente e o que hoje era de uma forma, amanhã não mais será.
Enquanto você quer pegar todas as razões esquece-se de viver e a vida passa no meio dos seus dedos. Depois, quando fica velho se pergunta: o que eu fiz da minha vida? Onde estão as verdades que defendi o tempo inteiro? Todas elas mudaram e você ficou sem nada. Se você amar, se viver a vida amando sem procurar ter razões, agarrará a vida e se sentirá na velhice pleno, cheio, feliz, pois o amor traz a felicidade.
Existe uma passagem no Evangelho de Tomé, o Dídimo, onde Cristo afirma que o homem sábio é igual a um pescador que ao puxar sua rede encontra muitos peixes pequenos e um grande. Ele separa o grande para si e joga fora todos os outros.  Nestas palavras Cristo afirma que você deve procurar o que mais lhe dá felicidade, o que mais lhe completa e só o amor pode dar isso. Tendo o amor não precisa de mais nada, nem amar. Se tiver qualquer outro sentimento, alimento que não sacia a sua fome espiritual, estará sempre necessitando de mais alimentos.
Quando tiver raiva de uma pessoa, necessitará sempre alimentá-la com mais motivos. Quando só esta pessoa não mais bastar, estará procurando motivos em outra, depois outra. Sempre você estará achando erros em todos que lhe aparecem na frente para poder alimentar este ódio. Com a posse é a mesma coisa: quando você possui uma coisa, necessita sempre de outra mais. Nunca atingirá a satisfação com as coisas que tenha.
O amor traz a verdadeira satisfação por si mesmo. Quem ama não precisa de mais nada: de razão, de verdade, de certeza, beleza; não precisa de nada. Só amor satisfaz completamente.
É desta forma que Cristo lhe conclama a viver na oração do Pai Nosso: venha a nós o vosso reino. Trata-se de um pedido que o espírito deve fazer sempre: deixe-me participar deste amor, me dê este amor para viver.
Mas, como o mestre avisou logo no início do texto, Deus lhe dá recompensas de acordo com a oração feita. Assim sendo, o amor é a recompensa por uma vida de oração. Não adianta só pedir: existe a necessidade de agir, com amor, para poder participar do reino de Deus.

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VIVENDO O PAI NOSSO
visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“Que a Tua vontade seja feita aqui na Terra como é feita no céu”.
Não adianta você rezar pedindo a Deus que seja feita a Sua vontade assim na Terra como no céu: tem que aceitar quando o Pai age dessa forma. Quando as coisas acontecem na vida, considera que foi você quem fez, quem realizou o ato: como então pede que seja feita a vontade de Deus? Quando alguém age e você não gosta, diz que foi ele que agiu contra você.
Tudo o que lhe acontece é vontade de Deus e deve ser enxergado desta forma: isto é viver em oração. Não é a outra pessoa que lhe ofende porque quer (pratica atos pela vontade dela), mas ela age desta forma porque Deus mandou que fizesse assim: foi a vontade do Pai e não da pessoa.
É o Pai, o dono da casa, quem comanda todos os seus filhos para interagirem-se praticando atos que os outros precisam e merecem passar ou fazer. Deus só deixa que a Sua vontade ocorra no universo para que a Justiça Perfeita nunca seja quebrada.
Mas, viver em oração não é pensar nisso só nos momentos onde imagina que não tenha controle da situação, mas a todos os momentos. Você pede a Deus que seja feita a Sua vontade, mas só aceita que Ele opere quando você se sente incapaz.
Deus tem que estar presente em qualquer ato, por menor que seja. Uma topada provoca dor, que é um sofrimento, portanto, precisa da autorização de Deus para que isto aconteça, pois você pode não merecer esta dor.
Tudo que qualquer um consiga fazer na sua frente é comandado por Deus, pois só pode acontecer a você o que merece (positiva ou negativamente). Entretanto quando alguém faz alguma coisa que você não acha certa, imagina que ela fez por livre e espontânea vontade. Neste momento parte para o revide, para a agressão, ou fecha-se no sofrimento: qualquer das duas formas estará ofendendo a Deus, pois não viu o ato como da vontade Dele.
Se Deus ordenou que a pessoa fizesse determinado ato, ela serviu apenas de intermediário entre você e a vontade do Pai.  Quando parte para o revide, está revidando contra Deus. Quando não reage, mas sofre, sente-se injustiçado, acusa Deus, causador do fato, de injusto.
Viver orando que seja feita a vossa vontade é não encontrar erro em nada que acontece porque tudo é originado Nele. Admitindo que Deus causa tudo em sua vida, não haverá necessidade de sofrer, pois sabe que se trata do seu Pai tentando ensinar-lhe, com amor, para que cresça espiritualmente.
Na verdade você reza por toda uma vida dizendo que seja feita a vossa vontade, mas quer ter vontade própria. Que seja feita a sua vontade, desde que seja o que eu queira: mesmo que não sejam estas as suas palavras, esta é a sua forma de viver.
Quando Ele se atreve a fazer o que você não queria, parte para agressão: ‘porque se esqueceu de mim’, ‘olha como estou sofrendo’, ‘onde está o Senhor que não vem me ajudar’.
Viver em oração é ter a consciência de que tudo que acontece é obra Dele. Isto é viver rezando: isto é rezar. Não adianta ajoelhar-se em frente de imagens, postar as mãos: não é isto que Deus quer de seus filhos. Ele sabe que apenas aqueles que viverem em oração, ou seja, com esta visão sobre as coisas, alcançarão a evolução espiritual.
Orar é viver em oração, é viver dentro dessas verdades: não existe outra forma de orar a Deus. Para que procurar determinados lugares (igrejas, centros, cultos) se Deus está em todos os lugares, principalmente dentro de você mesmo.
Isto não quer dizer que você não possa ir a uma igreja e rezar para um santo e conseguir uma graça. O que estamos afirmando é que não é necessário fazer isso. Se você for a uma igreja e orar com fé, poderá receber a graça, se isso for o melhor para a sua existência eterna, mas não a receberá por conta da oração, mas porque aquilo era o que merecia naquele momento.

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visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“Dá-nos hoje o alimento que precisamos”.
Se você vive em oração sabe que o alimento que abastece diariamente a sua mesa não é conquistado pelo seu poder monetário, mas provem de Deus. Seja uma mesa farta ou um cardápio minguado, todo alimento que sustenta o corpo físico é dado por Deus visando a elevação espiritual de cada um.
Quando falamos em alimento não devemos nos ater apenas a comida, mas tudo aquilo que alimenta o corpo físico. Aí devemos incluir as posses materiais, os bens, as roupas. Enfim, todos os elementos materiais que um ser tem a sua disposição são dados pelo Pai.
Porque, então, alguns têm muito e outros pouco? Porque existem seres que vivem no fausto e outros passam necessidade? A resposta a essas perguntas é a Justiça Suprema e o Amor Sublime.
Para dar a cada filho o que ele necessita para a sua existência, Deus age visando colocar à sua disposição instrumentos que sirvam para a realização das provas individuais. Se o espírito necessitar vencer o excesso, ter sentimentos que promovam a universalização dos bens materiais, Deus disporá ao ser grande quantidade. No entanto, se a sua prova for aprender a receber, Deus promoverá a penúria. Somente com a dependência o ser aprenderá essa lição.
Dessa forma, não há governo responsável pela fome, mas Deus que dá a cada um de acordo com a sua necessidade. Os governantes que não promovem a justiça social são apenas instrumento de Deus para promover a Justiça divina. Também não há patrão explorador, que remunere mal seu empregado: apenas instrumentos para a vontade de Deus.
Além do mais, se Deus é o Senhor do universo, a empresa não é do ser humano, mas propriedade de Deus emprestada como instrumento de prova. Se você está trabalhando nela é porque o real patrão (Deus) o escolheu e ali colocou, pois é o que você necessita para receber o maior salário que pode existir: o amor divino.
Os sentimentos são alimentos para o espírito. Assim, quando Cristo nos ensina que devemos viver com a crença de que Deus nos dá todos os alimentos, também o amor nos será dado pelo Pai. Ninguém pode lhe dar sentimento algum a não ser Deus.
Aquele que imagina que o filho, o esposo, a mulher ou o amigo pode lhe dar sentimentos apenas reza e não vive em oração. Quem depende de um ser humano para se sentir amado é porque ainda não encontrou a Fonte universal dos sentimentos: Deus.
O Pai enviará os sentimentos (alimento) ao filho de acordo com o seu merecimento. Trata-se de uma forma de pagamento pelos trabalhos prestados. Aquele que vive em um mundo onde Deus é a Causa Primária de todas as coisas receberá um salário maior, mas aquele que vive em um mundo onde o próximo é o seu inimigo, causador de sua infelicidade, receberá um salário compatível com a sua produção.
Quando se vive em oração, pedindo a Deus que proporcione o alimento necessário para a existência, volta-se na busca de render mais para Deus. Esses terão supridas as suas necessidades, mesmo que nada possuam. Mas, quando se vive imaginando que é capaz de conquistar o alimento, a vida não proverá as necessidades de cada um, por mais que tenha.
Portanto, você deve buscar viver em harmonia com o universo, agindo exclusivamente com o amor universal, para que receba todos os alimentos que lhe sustentará. Apenas dizer essas palavras não garantirá o sustento.

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VIVENDO O PAI NOSSO
visão trazida pelo ‘amigo espiritual Joaquim’

“Perdoa as nossas ofensas como também perdoamos os que nos ofenderam”.
Pedir a Deus que perdoe as nossas ofensas é uma redundância. O Pai não pode acusar um filho de nenhum dos seus atos físicos porque é Deus quem idealiza e comanda a execução de cada ato (Causa Primária). Não pode também acusar o filho pelos atos espirituais (escolha de sentimentos para reagir a acontecimentos) porque concedeu a cada um o livre-arbítrio, ou seja, a liberdade da prática desses atos.
O perdão que Cristo nos ensina a pedir não é a Deus, mas aos nossos semelhantes. Quando o ser promove um ato que fira os conceitos do próximo (ofensa), gera uma situação onde esse poderá escolher sentimentos negativos para reagir. É por ter merecido se transformar no instrumento de Deus para essa prova para o próximo que o mestre nos aconselha a pedir o perdão ao irmão.
Quando pedimos perdão ao nosso semelhante não estamos implorando por clemência, mas que o nosso ato não seja entendido como errado. É da consciência que cada ato é planejado e comandado pelo Pai de acordo com o merecimento e necessidade dos envolvidos que nasce o perdão. Somente essa consciência pode levar ao perdão, ou seja, a não acusação de erro.
Assim, quando Cristo nos diz que devemos pedir perdão por nossas ofensas, concita-nos a implorar ao próximo que não veja erro em nossos atos, mas que os receba como justos e necessários. Só assim ele poderá recebê-los com amor. Quando isso acontecer nos banharemos nesse sentimento e não nos tornaremos, futuramente, merecedor de servir de instrumento a Deus para novas situações negativas para os outros.
Entretanto, a oração ensinada pelo mestre não termina com o pedido de perdão para nossos atos, mas coloca essa forma de agir na dependência de também nós perdoarmos o próximo. Para que possamos receber amor dos outros é necessário que também os amemos. Tudo que o espírito recebe de Deus é conquistado pelo merecimento.
Enquanto o ser não reagir a todos os acontecimentos sem ver erros nas ações do próximo, não poderá ser colocado por Deus para praticar atos na frente daqueles que podem reagir com amor. Enquanto sua reação for com sentimentos negativos o espírito merecerá ser colocado face àqueles que utilizam esses mesmos sentimentos.
De nada adianta ao ser orar pedindo perdão a Deus por seus atos enquanto não viver a vida perdoando aqueles que contraiam os seus desejos.

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“E não nos deixes cair em tentação”.
Apenas aquilo que desejamos e não temos é que se transformam em tentações. Se não desejarmos ou já possuirmos, a tentação não existirá.
Quando oramos pedindo a Deus que não nos deixe cair em tentações, estamos implorando ao Pai que não nos deixe desejar nada. O desejo nasce da vontade individualista de cada um. Para acabar com o desejo precisamos compreender que já temos tudo o que necessitamos.
Deus provê a cada filho com todos os instrumentos necessários para a sua evolução. Se você possui um palacete é porque aquilo lhe é útil, mas se reside em uma choupana é porque Deus sabe que ela é o instrumento perfeito que você necessita.
Aquele que deseja o que não tem à sua disposição não consegue bem utilizar o instrumento que Deus dispôs.
Você reza a Deus diariamente pedindo a Ele que não lhe deixe querer nada além do que tem, mas o faz sempre pedindo algo mais. Quer saúde, dinheiro, proteção: tudo isso você já tem na justa e necessária medida.
Viver em oração é saber que já possui tudo o que precisa para ser feliz. Desejar qualquer outra coisa é ceder às tentações. Todas as coisas no universo que você não possui são tentações, ou seja, objetos que não lhe servem como evolução espiritual. Desejá-los, apenas, já é cair na tentação.
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“mas livra-nos do mal”
Quando o ser prepara-se para a vida carnal está cônscio de toda a realidade espiritual. É com base nessa consciência que ele escreve a sua vida carnal. Pede situações que possam auxiliá-lo a elevar-se espiritualmente participando de toda a glória celeste. Louva a Deus pela chance que lhe é oferecida e compromete-se a se aplicar no sentido de executar todas as provas que se dispôs.
Quando se prende à matéria densa, os valores de sua consciência alteram-se e o desejo e o individualismo nascem. Com isso a sua busca se altera. Se antes do nascimento o ser quer participar da glória celeste, agora busca a satisfação.
Dentro desses parâmetros, podemos perguntar: o que é bem ou mal? Para o ser desencarnado o bem será tudo aquilo que lhe servir como instrumento para participar do reino de Deus, mas quando encarna, o bem será tudo aquilo que contentar os seus conceitos.
Quando pedimos a Deus para nos livrar do mal, fazemos com a consciência de encarnados, mas o Pai entende com a consciência espiritual. Desta forma, o que é mal para nós não o é para Deus.
Sabe por que você que reza e não alcança a sua satisfação? Porque pede a Deus na oração que não a promova. Quando reza pedindo ao Pai que o livre do mal está dizendo a Ele que não satisfaça os desejos de sua consciência material.
Viver em oração é viver com essa consciência. Tudo que nos acontece é obra de Deus como instrumento para nossa elevação. Foi fruto de nossa própria requisição quando ainda tínhamos como objetivo à glória divina.

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