ANSIEDADE EM QUERER SAIR FORA DE UMA SITUAÇÃO ...POR QUE?
“Ansiedade em querer sair fora de uma situação de vida que não me agrada...pressa em querer resolvê-la rapidamente para me ver livre”...
E não perceber...
Do que se trata este desafio?
Justamente de permanecer nele ‘em serenidade’....
Sempre a vida está propondo uma situação para que o ser a vivencie, em paz e harmonia, em equanimidade. Sempre...
Mas aí o que o faz o mísero mortal?
Quando ‘gosta’, dentro dos padrões humanos, quer ficar nela...esticá-la ao máximo...para que ele possa permanecer no seu ‘deleite’.
E quando ‘não gosta’?
Procura fazer tudo ou para ignorá-la e fingir que não é consigo; ou para delegá-la e tentar passar ao outro a responsabilidade que ‘é sua’; ou ainda, acreditando que está fazendo alguma coisa, tenta passar pela situação, querendo resolvê-la na maior ansiedade, na maior pressa, para que mais rapidamente possa dela se ver livre, sem nem ao menos ter estado nela!
O que o ser não percebe, em qualquer das três hipóteses acima, é que tudo o que a vida pede, tudo o que a vida propõe para ser vivido, é para se efetivamente vivenciado em consciência, em atenção plena na presença daquilo que efetivamente está presente naquele momento....
Até porque, enquanto tal experiência não for vivida nesta sintonia, outras experiências similares terão que vir se apresentar na vida deste ser, para que então ele possa vivenciá-las com inteireza e compreender o ensinamento de evolução ali contido.
A consciência deste processo é muito positiva.
Não importa qual seja o ato, a ação concreta, a experiência que está se desenrolando na vida do ser. O importante é observar ‘como’ em qualquer uma delas, o ser as vivencia da mesma maneira...que sentimentos, que pensamentos, que intenções estão presentes?
Muitas vezes, o ser está tão condicionado a vivenciar sua vida da mesma forma, que repete de forma autônoma esta mesma forma de estar, sentir, pensar, independente da experiência que esteja se apresentando.
Há um mecanismo viciado de vivenciar os acontecimentos que sempre responde da mesma forma...porque é inconsciente...porque é repetitivo...porque é alienado do eu verdadeiro...
Entende como? o ser vai criando em si mecanismo de respostas aos impactos da vida que são próprios seus...uns respondem com pressa, agitação, ansiedade; outros, com omissão; outros com agressão; outros com vitimização; outros com medo; outros com revolta e não aceitação..... e assim vai...cada um com seu estilo, com seu ‘traço de repetição’...
Não importa a questão... a resposta vem sempre da mesma forma...na mesma sintonia...
É preciso identificar este mecanismo...porque é ele que tira o ser de vivenciar a sua vida em plenitude...tira o ser de vivenciar o seu agora com inteireza e portanto, o impede de aproveitar o que efetivamente está disponível para si....porque o mantém preso a fazer o que sempre faz: ficar repetindo aleatoriamente, para todos os eventos da vida indiscriminadamente, um mesmo comportamento padrão...o mesmo ‘traço de repetição’...mantendo-se preso na mesma engrenagem, congelado, sem estar acrescentando uma vírgula nem ao seu próprio bem estar e nem ao seu processo de evolução.
É preciso buscar expandir a percepção e realinhar a própria ‘forma de vivenciar’ os acontecimentos da vida com mais consciência.
Até porque não adianta 'ter pressa' para sair de onde se está...
não adianta 'se omitir' para sair de onde se está...
não adianta 'ter raiva' para sair de onde se está...
não adianta 'sofrer' para sair de onde se está...
a única coisa que adianta é viver o que está...em paz e serenidade
Passar pelo que está com consciência, com presença e atenção.
Para isso ser possível é preciso que o ser vá gerando em si, de passinho em passinho, as condições para isso.
Como?
Maior atenção sobre si, lembrando-se a cada vontade de fugir, que a solução só está no viver aquilo mesmo, com a maior presença possível, com o maior amor possível. Este novo hábito, aos poucos, de novo de passinho em passinho, vai criando uma nova forma de se vivenciar a vida que se tem para viver...
Os atos, os eventos da vida são ‘extremamente justos’ e portanto, cumprem a sua finalidade: acordar o ser para vivenciar sua vida de uma maneira mais amorosa e harmônica. Até que isto se dê, eles (os eventos da vida) continuarão a se repetir, para que o ser acorde, reconheça e compreenda que a finalidade destes eventos que se repetem é lhe mostrar a ‘forma como os está vivenciando’, para assim poder lhe revelar os ingredientes pessoais ali contidos que devem ser alterados, para que o ser os vivencie de forma amorosa e pacífica.
Só então o ser estará livre, porque não mais necessitará daqueles eventos específicos .... poderá então se abrir para novos eventos com consequentes novos aprendizados.... e assim sucessivamente...
Aliás esta teoria é óbvia ...e é de conhecimentos de todos...
Mas a vivencia prática.... esta é o desafio!
Portanto, parar um pouco o ‘agito do fazer alienado’ que o mundo pede com tanta insistência e efetivamente buscar perceber ‘o que está acontecendo’? ‘do que se trata efetivamente aquela experiência pela qual estou passando’? ‘como estou vivenciando isto’? pode contribuir para que a consciência se expanda e revele a origem real daquele desconforto...revele o ‘traço de repetição’ presente aí e em todos os eventos da própria vida...e revele ainda como, um mudar de consciência, pode mudar radicalmente a forma de se colocar na vivência de determinada situação.... e pode levar o ser a aceitá-la verdadeiramente como experiência de crescimento e libertação!
Da próxima vez fazer diferente...Indo além do medo...encontrar a confiança interior e, de forma mais inteira e mais presente no que está realmente acontecendo,vivenciar o que quer que seja, que seja considerado ‘bom’ ou ‘ruim’...’feio ou bonito’...’o que eu quero ou o que eu não quero’...não importa... vivenciar o que quer que seja em serenidade e harmonia.
Lembrando que a vida sempre está a nosso favor e que cada um só recebe
aquilo que precisa para poder retornar à unidade com a Luz e a Perfeição.
Esta é a chave, a grande Vitória!
Nenhum comentário:
Postar um comentário