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sexta-feira, 12 de julho de 2013

estados de consciência (Alan Watt)
o estado inferior de consciência

Depressão e ansiedade

O fracasso histórico em reconhecer a nossa unidade e inseparabilidade da matéria/energia _ a essência universal _ e do mundo em manifestação; de aceitar a nossa relação ontológica com todas as coisas e seres e de viver em função dessa unicidade; de perceber que nossas crenças modelam a nossa realidade, de reconhecer que a vida é de certa forma um sonho ou um pesadelo em construção; a nossa incapacidade de enxergar que muito do nosso sofrimento é auto-imposto; de entender a irrealidade do passado e o imaginário do futuro, de viver o momento com mais atenção e prazer; tudo isso pode ser entendido como resultante dessa dissociação da consciência gerada pelo quadro antes descrito de “angústia existencial”. 

Por conseqüência, esse estado estimula a hiper-especialização e prevalência de uma determinada maneira de ser; uma consciência mental e analítica, quantitativa, focalizada nos eventos importantes, no sentido de garantir o progresso social, econômico-financeiro, o crescimento e implemento do poder pessoal. Do outro lado, esse mesmo processo diminui a capacidade de empatizar e sentir, favorece o afastamento do sentimento, do “coração”. 

A descrição desse estado existencial incompleto, distorcido, se assemelha muito com alguns dos estados emocionais e clínicos tão generalizados, reconhecidos, diagnosticados e tratados com os medicamentos ansiolíticos e antidepressivos modernos. 


Esse estado de “alienação existencial” implica o surgimento de diversos sintomas, como: diminuição da vitalidade; estreitamento das perspectivas e capacidade de percepção; dificuldades em enxergar soluções; identificação persistente com aspectos restritos da sua própria experiência; diminuição de desempenho no nível das diversas modalidades de inteligência; falta geral de concentração, memória e atenção; focalização egóica e autocentrada das diversas pulsões; diminuição da responsividade aos estímulos (uma perda marcante da fluidez e espontaneidade, uma ausência de entusiasmo); sofrimentos diversos por problemas, se não criados, pelos menos amplificados por falta de flexibilidade e por hábitos mentais rígidos.

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