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sexta-feira, 12 de julho de 2013

estados de consciência (Alan Watt)
o estado ampliado de consciência

Há milênios o ser humano sabe, por experiência, que os “estados ampliados de consciência” são naturalmente geradores de conhecimentos próprios e genuínos, de dádivas criativas e muito desejadas, e por isso vem incessantemente investigando e experimentando diversos métodos para gerar esses estados criativos, noéticos e numinosos. Intuímos, através do imaginário ou a partir da memória de uma experiência pessoal _ um dia de claridade no seio da natureza, um estado extático vivenciado na infância _ que existem estados de melhor desempenho, estados de qualidade superior. Essa intuição pode motivar uma busca, acenando um caminho evolutivo. 

Dois impulsos essenciais motivam e determinam a busca de estados ampliados de consciência: 

1 - de um lado o desejo de encontrar remédio para o sentimento de desintegração e mal-estar existencial típico; 

2 - do outro a manifestação de um impulso pro-ativo em busca de êxtase, da realização da nossa unicidade, do júbilo, da glória. 

Tentar fazer da vida uma experiência mais significativa e lúcida, mais bela, mais alegre e jubilosa, mais amorosa, mais prazerosa e inteira é uma das motivações básicas do ser humano. 

Elementos subjetivos, como idéias criativas, artes, imagens, visões e metáforas, sensações novas, serenidade e harmonia, bem estar, o conjunto das virtudes geradoras de felicidade, são tão atrativos e prazerosos para a humanidade quanto os recursos físicos necessários à sustentação material, do corpo. 

Ser humano não implica apenas o esforço para prover a sustentação e manutenção do organismo e da vida, porém igualmente o desenvolvimento e progresso mental, a evolução num sentido amplo, a realização espiritual ou incorporação da criatividade.

Ao longo da História inúmeras técnicas já foram experimentadas para gerar estados ampliados de consciência. Elementos como cantos, danças, jejuns e dietas específicas, provas físicas exaustivas, flagelações, estresse emocional prolongado, privações sensoriais ou de sono, estados emocionais induzidos por relaxamento ou pelo uso efetivo da surpresa (hipnose), meditação, concentração intensiva, orações e mantras, músicas, danças e ritmos, respirações especiais, sexualidade, contemplação, foram e continuam sendo usados por diversas culturas, seitas e praticantes isolados. 

Outras tecnologias, como plantas e gases psicoativos contendo diversos alcalóides _ substâncias capazes de interagir com os receptores neuronais _ foram e continuam sendo largamente usados na forma de fumos, chás e poções. Cogumelos, ervas, plantas e raízes diversas são usados para tais finalidades em quase todas as culturas. Elementos psicoativos, psicodélicos, são apenas instrumentos úteis para chegar a esses estados e experiências, e do ponto de vista médico não são mais censuráveis de que outros. 


Quando a humanidade do terceiro milênio será finalmente capaz de adequar os seus sentimentos e experiências à sua essência? Como esse antigo sentimento de isolamento e separação poderá ser superado?

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