vencer suas humanidades 4
A prisão às próprias humanidades aliena o ser de si mesmo, de sua força, de seu poder de criação. E o coloca no lugar passivo de ‘reagente’, aquele que apenas reage aos estímulos ilusórios do dia a dia.
Ao manter sua atenção presa em determinada situação do cotidiano, discordando dela, concordando com ela, achando meios para solucioná-la ou achando meios para aproveitá-la, o ser se distrai de si.
E assim ativa o mecanismo de alienação de si. Perde contato com a força que pode lhe dar toda a Força, Discernimento e Poder para criar a sua realidade numa tônica mais harmoniosa e pacífica.
Portanto, este é o convite, esta é a convocação: ‘voltar os holofotes para dentro de si’; reconhecer suas partes (pensamentos, sentimentos, interesses, relações...) que estão dispersas em interesses ilusórios do mundo externo, gastando sua energia e distraindo-o de si; e concentrar-se em si próprio.
E ai surge a questão; ‘como exercitar a concentração num mundo tão dispersivo como o nosso’? A todo momento, uma enxurrada de estímulos e ditas ‘emergências’ poluem nossa atmosfera mental e nos convocam para agirmos atabalhoadamente sobre elas.
Consciência sempre é a chave. Consciência é percepção, é atenção. Em tudo. Nos encontros e desencontros, nos entretenimentos, nos trabalho profissional, nas relações, em tudo onde o ser colocar o seu interesse, a sua atenção, o discernimento é o agente que permite ao ser não se deixar tomar e se dispersar. (veja o exemplodo boneco de alcatrão).
Ou, ao menos, quanto mais o ser se exercita em colocar consciência no que vivencia, mais rapidamente sua percepção pode trazer à tona o mecanismo que está agindo por detrás, para minimizar o seu impacto. E o seu estrago.
O desenvolvimento deste contato consigo, desta intimidade com seus mecanismos de ação e reação, que permitem ao ser discernir sobre quão alienado de si ele está em cada circunstância que vivencia, vai gradativamente, como sempre, de passinho em passinho, possibilitando o aparecimento e o crescimento de um grau maior de concentração.
E exercitando a concentração, o ser vem entendendo que concentração é centramento, é estar centrado no eixo primordial que é a própria Força Superior em si.
Portanto, manter o centro é reconhecer que há um poder maior que rege todas as coisas, que é inteligente, justo e amoroso; e permitir a ele atuar em si, através de si, na manifestação em si próprio _ na sua vida, no seu mundo, nas suas relações, em tudo o que pensa, sente, fala e faz _ a sua perfeita inteligência, justiça e amor.
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