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domingo, 17 de novembro de 2013

O GRANDE DESAFIO DO SER HUMANO: VENCER SUAS HUMANIDADES
Qual o sentido do ser humano buscar se harmonizar? 
Fazer frente ao grande desafio do ser humano: vencer suas humanidades!
Fazer frente à constatação da limitação do ser humano, suportar a própria humanidade, suportar as ambivalências da condição humana...
Um punhado de pó...” abordar o vazio do ser contingente que em nós toma consciência de sua real condição....é uma física do pó que se olha no espelho e vê a sua imagem-mancha a desaparecer lentamente... e a perguntar-se: qual a virtude possível deste grão de pó?” (Pondé)
A experiência cotidiana desagua quase que necessariamente num drama de vaidade...
No prefácio ao clássico livro de seu amigo Allan Bloom, O declínio da cultura ocidental, Saul Below escreve:
“Na maior das confusões, ainda existe uma porta aberta para a alma. Pode ser difícil de encontrar, pois na meia-idade ela está coberta de mato, e algumas das moitas mais densas que a cercam brotam daquilo que definimos como a nossa educação. No entanto, a porta sempre existe e cabe a nós mantê-la sempre aberta, para ter acesso à parte mais profunda de nós mesmos – àquela parte que está a par de uma consciência superior, graças à qual podemos fazer juízos definitivos e considerar tudo em conjunto. A independência dessa consciência que tem força para ser imune ao ruído da História e às distrações de nosso meio ambiente: eis o que representa a luta pela vida. O espírito tem de encontrar e de manter a sua base contra as forças hostis, às vezes personificadas em idéias que freqüentemente negam a sua própria existência e que repetidamente parecem, na verdade, tentar anulá-lo por completo”.

A luta pela vida é fazer crescer em si mesmo a coragem de aceitar a sua condição humana limitada, e o anseio por assumir o encontro da porta aberta para o espírito.
Fazer crescer em si mesmo a independência da consciência superior, que tem força para compreender os impactos do dia a dia e expandir a visão de conjunto. E deste lugar de consciência, receber a própria ajuda para enfrentar a própria condição humana sem mentir sobre ela...
Todas as coisas de Deus são boas a seu tempo...Nada é melhor para o homem do que alegrar-se...
Citando Pondé em seu estudo sobre o Eclesiastes no artigo Um punhado de pó: “O simples respirar já é alegria, precisamente porque “o homem não é senhor de seu sopro de vida, nem é capaz de o conservar” (ECLESIASTES 8,8). Embora a alegria tenha caráter contingente, por ser dádiva e portanto depender exclusivamente da vontade do doador, ela se instala graças ao ordenamento da vida.”
“Essa “cosmologia da graça” desarticula a relação entre o ato e o seu efeito: a inteligência não garante o sucesso; nem a velocidade, o prêmio; nem a coragem, a vitória; nem o amor, o amor; nem a prudência, a riqueza. Não se deduz das tarefas o seu sucesso. Segundo o sábio, o tempo e o acaso parecem julgar e distribuir os efeitos, e ambos são por igual manifestações da vontade divina: “os justos, os sábios e seus atos estão na mão de Deus” (9,1).

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