O BEM AVENTURADO
(republico a transcrição literal da palestra feita por Hanna em 11.05.11,
inspirada nos ensinamentos do 'amigo espiritual' Joaquim)
...tema de trabalho sobre si, perfeitamente atual!
Dias atrás me chegou uma inspiração para falar ou refletir com vocês sobre o bem-aventurado...sobre a importância das palavras de Jesus nas bem-aventuranças....isso ficou ressoando em mim por dias...que era importante eu ver esse ‘guia’ onde Jesus deveria ter sintetizado todo o seu ensinamento para se alcançar a felicidade universal...
Não é preciso nem dizer prá vocês que assim que eu resolvi olhar mais detalhadamente este tema, a vida me colocou num liquidificador... tendo que atender a uma série de desafios...com certeza prá eu poder enxergar melhor o que poderia ser ‘viver em bem-aventurança’, mesmo estando dentro do liquidificador...então, de fato, tudo é sempre um desafio que a vida propõe prá gente viver....com amor... e quando a gente não vive com amor, a vida traz de novo o tema, prá gente, da próxima vez, ver se consegue viver com amor....e assim sucessivamente...
Parece que o ponto inicial das bem-aventuranças é o fato de que, qualquer pessoa, sem exceção, é atormentada pelo sofrimento, que é a grande doença da humanidade. E se Cristo veio ao mundo para curar as doenças, para revelar como o ser humanizado pode encontrar a cura vivendo a felicidade incondicional, então isto deve estar contido nas bem-aventuranças...pensei...
Comecei a relembrar as bem-aventuranças...aí eu vi também que cada bem-aventurança pode dar margem a muitas compreensões...e daí... qual é a certa? qual é a compreensão que Cristo pretendia passar para nós?
Isso eu não sei.... e nem tive tempo de fazer este estudo mais aprofundado...mas , à medida em que eu me perguntava isto, eu fui vendo... e fui sentindo.... que tudo...tudo...todo ensinamento afinal...no final... ele converge para o amar.
E aí veio a clareza...
O bem-aventurado é aquele que ama incondicionalmente!!!
Chegou esta clareza de que, mais além do que a gente pode estar detalhando sobre cada uma das bem-aventuranças trazidas no sermão da montanha.... e isso talvez seja possível se fazer em outro momento.... mais além do que isso....o importante possa ser compreender que todas essas bem-aventuranças convergem para o amor universal!
“Então o bem-aventurado é aquele que ama incondicionalmente!”
E o que é o bem-aventurado, me perguntei?
É aquele que tem o reino dos céus....
E o que é o reino dos céus?
É um estado de espírito onde, estejamos onde estivermos, tendo quem quer que seja ao nosso lado, a gente viva em perfeita harmonia com o universo e em felicidade....
viva na felicidade incondicional...
O bem-aventurado é aquele que se liberta de suas vontades individuais e permite.... e reconhece tudo o que existe tem uma inteligência superior...tem uma justiça perfeita... que rege todas as coisas.... e o bem-aventurado se entrega a ela.....a essa justiça perfeita...
é disso que se trata....não de perguntar como, onde, pra que, por que....mas só de reagir com amor...
E aí a gente pode perguntar....
Isto é possível pra nós....míseros seres humanizados?
Talvez seja possível sim... se decidirmos abrir nossa consciência e trabalharmos sobre nós mesmos neste sentido... eu acredito que sim!
Mas afinal o que é viver o amor universal?
Viver o amor universal é estar na felicidade incondicional...é aquela que não é baseada nos padrões humanos....mas nos padrões universais...e tudo o que nos cabe fazer é viver na felicidade...em paz, serenidade...
Prá mim parece que neste momento tudo parou por aí...parece que até que eu consiga colocar isto em prática, tudo para por aqui...porque tudo acaba retornando para o mesmo ponto...toda a investigação, o estudo que eu faço...tudo o que eu tento clarear... tudo o que eu vivo... tudo o que eu assisto em mim.... acaba sempre retornando para a questão do amor universal!!
Então parece que saber sem praticar, não vale nada....é preciso praticar o que a gente recebe e valida...é isso que eu vejo....não adianta querer ir adiante.... e nem sei se tem adiante.... e nem sei se dá para ir adiante...
Então é preciso aprofundar mais aquele ponto em que a gente está...
Eu vou ser repetitiva...mas parece que todo ensinamento para esta reforma interna se resume em aprender a amar! À medida em que a gente repete prá a gente mesmo...à medida em que a gente ouve de novo a mesma coisa...parece que vai descongelando aquele bloco de gelo no qual a gente pode estar aprisionado...aquele bloco de gelo dos nossos conceitos, das nossas verdades, da visão humana que o mundo pede que a gente tenha....então a gente vai olhando para o amor....vai olhando para o amar...e de novo... e de novo...e aí a gente vai se abrindo pro sentir...e aí as coisas vão ficando mais claras e mais simples prá se viver todo dia...toda hora... e aí talvez vai ficando mais fácil dar um “dane-se” praquilo que nós queremos...prá podermos viver com o mundo e com a nossa vida como ela está....amando o que está!!
É um trabalho bem desafiante...é um trabalho maravilhoso!!!é um trabalho bem graduado...
Este é o convite para todos nós...pra começarmos o trabalho sobre nós mesmos, de buscarmos ser o amor...
E a gente pode se perguntar:
“aprender a amar...mas amar como?”
Começando a viver com alegria, compaixão, igualdade...
E prá isso é preciso o que?
Dar as costas para o mundo...nos libertarmos das âncoras que nos prendem à materialidade...
E o que mais pode ajudar neste processo?
Aprender a ver a essência das coisas e não a forma material...
E o que mais?
Compreender que tudo o que acontece, toda a nossa vida, é um espelho de nós mesmos...para que nós possamos aprender a nos conhecer.... a vida é uma oportunidade de ouro de revelação...de nós prá nós mesmos...
E o que mais?
Compreendermos que mundo ‘nos cobra nossa humanidade’, ou seja, quer nos manter presos ao seu sistema de vida humano baseado nos valores materiais...então é preciso firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo.... e entender as perseguições ou seja as críticas que sofrem aqueles que vivem ou querem viver com o amor universal.
Porque é preciso ousadia para viver na contra mão dos valores estabelecidos...esses valores que alimentam o egoísmo, a competição, o individualismo...ou seja, que alimentam o humano e desprezam o espirito...
Então firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo... mas também firmeza para evitar a auto-acusação que pode levar a pessoa a abandonar a sua busca por achar que não vai conseguir...pelas suas limitações...pelas suas recaídas...
No Evangelho de Tomé tem uma logia que fala sobre isso...que a vida do espirito é um caminhar constante com a certeza de que um dia ele vai tropeçar nos buracos da estrada e vai cair...neste momento, ele deve se levantar rapidamente e continuar sua caminhada com uma única certeza: que ele vai cair novamente e vai se levantar da mesma forma...
Então a gente pode dizer que viver o amor universal é um exercício constante...nas 24 horas do dia.... de aprender a viver no mundo sem ser do mundo!
Dentro da lógica humana, que é só a que nós temos pra usar...parece que tudo está se resumindo neste desafio...viver o amor universal... então é focar nesta lição... é se exercitar nela....
A gente pode tentar detalhar um pouquinho, quem sabe fazendo um resumo...assim, ‘começando pelo começo’...validando as premissas básicas, as cinco verdades universais do Evangelho de Tomé:
1. sou um ser de luz tendo uma experiência como ser humanizado;
2. o mundo é mental e não material;
3. venho para a densidade da matéria para viver o que a vida me propõe, em harmonia comigo e com o mundo, amar e irradiar a minha luz;
4. existe uma lei maior agindo sobre todas as coisas da minha vida...sobre todas as provas da minha vida...e essa causa primária é inteligência suprema...é justiça perfeita...é amor sublime...
5. minha única prova em tudo o que vivo é a manifestação do amor universal...
Tudo o que segue vem a partir de validar estas premissas.
Então, afinal, tudo se resume nisso...em manifestar o amor universal...aprender a ser o amor universal...porque esta é a prova...em tudo o que a gente estiver vivendo...qualquer coisa que seja....está é a prova...viver sendo o amor universal!
Mas como viver o amor universal?
O Evangelho de Tomé diz que viver o amor universal é viver em alegria, compaixão e igualdade...
E o que é viver em alegria?
Viver em alegria é viver com leveza...com serenidade... não porque a vida esteja trazendo uma satisfação pessoal...mas na certeza de que, olhando pelo olho do íntimo e não do mundo material, há só uma ação e uma atividade presente em nossa vida...ela é a perfeição...e tudo está de acordo com ela...
Essa ação é a inteligência suprema...a justiça perfeita... o amor sublime...
Então, se é assim... isto só pode ser motivo de alegria... é esta confiança que traz a nota de alegria para a nossa vida....
Alegria também pode ser viver em estado de gratidão...
O exercício da gratidão traz uma alegria muito grande...e a partir do momento em que isto vai se tornando uma prática, uma constante....a gente pode perceber como vai mudando a nossa vibração diante das coisas que nos acontecem...
Então esta é alegria como manifestação do amor universal...
Aí tem a compaixão...viver a compaixão como manifestação do amor universal...
E o que é a compaixão?
A compaixão...a gente pode definir como a consciência do sofrimento que a gente pode causar a nós mesmos ou ao outro...sofrimento a nós mesmos quando vivemos pela verdade do outro, do mundo, e não pela nossa verdade interior... sofrimento ao outro quando queremos obriga-lo a viver pelas nossas verdades...
Porque, ficando fechados na nossa própria verdade...muitas vezes nós nem alcançamos a consciência de que podemos estar ferindo os irmãos... de que podemos estar espalhando a infelicidade e a tristeza, que acaba com a felicidade...
Então, compaixão é sair do próprio egoísmo...do olhar as coisas a partir de si.... e vir afinando esta sensibilidade.... de conseguir se colocar no lugar do outro...
A compaixão não é sofrer o sofrimento, mas repassar alegria para auxiliar o irmão...
E o terceiro ponto para se viver o amor universal é a igualdade...
E o que é igualdade?
Igualdade é o direito igual que todos tem de serem quem são...igualdade é aceitar cada um como ele é....aceitar inclusive a si próprio como a gente é...com as nossas ‘belezuras’ e as nossas ‘ feiuras’ que podem ser acolhidas e polidas...sem querer mudar...ensinar ...mostrar o certo...o melhor...
Conceder a igualdade é conceder a todos o direito de acharem e fazerem o que quiserem... e eles vão estar sempre ‘certos’....cada um dentro dos seus conceitos...mesmo que para nós, muitas vezes, esteja parecendo algo absurdo mesmo...
Isso é a igualdade...são todos iguais em suas diferenças...
Amar universalmente é amar por amar...sem condições.....manifestando em tudo a alegria, a compaixão, a igualdade...
Já é um bom começo... agente poder vibrar nestes três atributos...
E para isso, para a gente amar por amar é preciso o que?
O ‘amigo espiritual Joaquim’ diz que para amar, é preciso a gente ‘suplantar condições’. O que quer dizer? Isto quer dizer que ninguém entra no amor universal sem suplantar condições. Quem dizer, só quando a gente vence a condição... aí a gente entra na incondicionalidade ( no ‘sem condição’).
A gente não ama verdadeiramente sem superar as condições para amar...
Só quando a gente vence o amo porque...amo quando...amo como... amo para... aí a gente pode amar verdadeiramente sem condições....no intransitivo...só amar...
Então a gente pode dizer que amar é suplantar as condições que nos levam a amar em alguns momentos e em outros não.
Então é preciso morrer para as condições...para aquilo que condiciona o amar...
Mas ninguém nasce sem antes morrer. Portanto é preciso morrer antes, para depois poder nascer de novo...morrer para os valores humanos...nos libertando dos condicionamentos que nos prendem à materialidade...para poder compreender a vida carnal a partir de valores espirituais...
E aí nós podemos aplicar o ensinamento das ‘quatro âncoras’...que eu acho um exercício maravilhoso...porque todo dia... a todo momento...tem material para trabalho.... a todo momento nós estamos passando por alguma situação onde estas âncoras nos propõem nos aprisionar...então eu vejo que é um belo trabalho de assistir a nossa vida nestas situações...colocar consciência...porque ‘sem consciência tudo se complica, mas com consciência tudo se resolve!’
Quais são estas âncoras que bloqueiam o fluxo do amor universal e consequentemente bloqueiam o estado de alegria e felicidade incondicional?
1. A primeira âncora é a vontade de ganhar é o medo de perder. Justamente por querer ganhar sempre, a gente fica com medo de perder... querer ganhar é pretender sempre estar com a razão, estar certo, saber o que é o melhor....pretender mostrar para as outras pessoas que elas estão erradas...isso gera o medo de perder e o sofrimento...
2. A segunda âncora é o desejo de alcançar o prazer e o medo de sofrer...então quando a agente alcança aquilo que a gente quer, a gente sente prazer...é a satisfação pessoal...e quando a gente não alcança, vem o desprazer...a gente sente dor.... a gente sofre... é óbvio...a gente se frustra...se entristece, perde a alegria...
É preciso nos lembrar que ‘ a vida não está aqui para atender aos nossos desejos’...existe uma lei maior...tudo é feito por esta inteligência suprema que rege todas as coisas e as manifesta na perfeição para o que aquele espírito merece e necessita a cada agora...
3. A terceira âncora é a busca do elogio e o medo da crítica...porque a crítica funciona aí como uma reprovação...que retira a posição de sábio... de bom... de competente...de inteligente...
Aquele que quer viver a felicidade incondicional...aquele que quer romper com os valores do mundo...precisa ousar...correr o risco da crítica...e se libertar de ficar na expectativa dos elogios...da aprovação...do impulso externo...
4. A quarta âncora é a busca da fama e o medo da infâmia; é quando nós buscamos o reconhecimento, o aplauso...é quando a gente tem prazer em ser superior aos outros....sermos os melhores...é a gente querer que o outro admita que a gente está certo....a gente quer o aplauso...
São estas ações egoístas que nos fazem sofrer...quando permanecemos presos a elas...então prá sair fora deste mecanismo que aprisiona e nos ancora na materialidade...e que é estimulado a todo momento pela humanidade...é preciso um esforço de consciência...
Trazendo luz...e vendo o que acontecendo a cada momento... e não acreditando...vendo que é só um mecanismo operando...e que a gente não precisa entrar na dele...
Não é negar o mecanismo que propõe o aprisionamento...mas é ver ele operando...e não dar lenha prá ele crescer em nós...
E o que mais pode nos ajudar a ‘sermos’ o amor universal?
Aprender a ver a essência das coisas e não apenas a forma material...a essência de um objeto, pessoa ou acontecimento é a sua função...todas as coisas existentes possuem uma função universal ou essência universal...por exemplo, uma casa é um abrigo, um automóvel é um meio de transporte....a forma não tem significado, mas a essência sim...então tanto faz a forma... se é bela... se é nova....se é rica...entender a essência é entender as coisas espiritualmente...
E o que mais?
Compreender que tudo o que acontece, toda a nossa vida, é um espelho de nós mesmos...prá que possamos aprender a nos conhecer...é uma oportunidade de ouro de revelação...de nós, para nós mesmos...
E de repente até sentir gratidão por aquele personagem na nossa frente...que a gente pensa que é nosso inimigo...mas que está naquele momento se oferecendo para representar um personagem que vai nos mostrar algo de nós mesmos!!!
Então não existe culpa....culpado de nada que acontece conosco a não ser nós mesmos... o outro não existe....ele só está nos refletindo...
Por exemplo, se alguém tem à sua frente alguém que ‘quer levar vantagem’ sobre ele... é a vida mostrando que ele mesmo quer levar vantagem sobre os outros...
Se outro tem à sua frente alguém que é ríspido... é a vida mostrando a sua própria rispidez...esta é a ‘função espelho’...este é a lei do carma em ação... é a vida colocando à nossa frente espíritos afins, iguais, com o mesmo padrão de ação que o nosso, encarnados ou não, que praticaram determinados atos, de tal forma que eles sejam a real imagem do que nós somos na realidade, mesmo que nós não nos vejamos assim...
Tudo o que a gente constata no mundo exterior...nas pessoas, nos objetos, nos acontecimentos...é o mesmo que existe em nós enquanto egos..
É um grande auxílio para o nosso auto-conhecimento...é para nos auxiliar a ‘sermos’ este amor universal...
E o que mais?
Compreender que o mundo nos cobra nossa humanidade, ou seja, o mundo não é condescendente com as dissidências...é só observar o próprio corpo humano...quando ele reconhece algum elemento estranho ao seu sistema, ele elimina...
E o mundo quer fazer o mesmo...porque o mundo é o principal inimigo do espírito...a consciência material é a pior inimiga da consciência espiritual....porque elas não só são diferentes como são opostas...
O mundo quer que nós vivamos apenas como seres humanos...presos aos valores materiais, individualistas...e não como seres universais que buscam o amor universal... a felicidade incondicional!
E quando nós ousamos sair do quadradinho...
Quando nós ousamos sofrer sem ficarmos presos ao sofrimento...quando nós ousamos nos harmonizar continuamente com o que está presente no aqui e agora, sem nos revoltar e querer mudar...quando nós ousamos achar que não são as condições do mundo que podem nos fazer felizes ou infelizes, mas que podemos viver a felicidade incondicional...sem condições....quando nós ousamos romper com as expectativas de ganhar sucesso...reconhecimento...fama...ser amado...ser vencedor... receber elogios...tudo isto pode ser nosso e se vier será muito bem-vindo, sem que precisemos vender a vida para buscá-los loucamente...
Quando nós ousamos viver em alegria, compaixão e igualdade...
O mundo não entende e nos cobra nossa humanidade!
E pode nos julgar, nos criticar e nos condenar...nos ridicularizar e nos depor do seu sistema...e aceitamos com serenidade...porque o mundo material só dá o que é dele! E a nossa busca é viver na carne pelos valores do espirito e não pelos valores materiais do egoismo, da competição, do individualismo...
Então é preciso firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo...é preciso ousadia para viver na contra mão dos valores estabelecidos... e entender as críticas...e não se deixar abater pela auto-acusação quando vivencia uma recaída de querer largar tudo e se entregar aos apelos do mundo...
É preciso entender que vivenciar a vida é assim...existem ‘as vicissitudes’...os ‘sobe-e-desce’...para que o ser caia e se levante....com serenidade e consciência de que o mecanismo é este....com confiança na vitória do amor e da luz sobre toda a limitação humana...que é a chave para abrir-se ao reino da perfeição que já está em cada um à sua disposição para aquele que conseguir acessá-lo!
Este é o convite...esta é a convocação...para um tempo novo...
Paz e Harmonia a todos!