SINTONIA . CONHECIMENTO DIRETO . CELEBRAÇÃO fortalecimento interno . consciência . integração . agniescola@gmail.com


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

E DE NOVO A LEVEZA...

Para uma vida liberta, o primeiro passo é a leveza. Retirar o peso das crenças, dos apegos, das idéias pré concebidas e alimentadas, dos julgamentos...todos esses filtros que limitam a experiência humana e que põem uma barreira entre a consciência e a experiência.

Uma vida liberta é comungar com cada coisa, com cada ser e com cada situação aqui e agora. O futuro não existe. A vida ‘aqui’ se torna leve, se torna fácil....a vida aqui flui sem exigir esforço ou controle... A base dessa nova vida é a ausência de qualquer controle; é viver o que pode ser vivido agora...É atender ao chamado da luz.

Viver a luz é se libertar de todos os padrões e permitir que esse impulso que nasce virgem de dentro coração se expresse sem dificuldade, sem resistência...irradiando, se deixando permear. A ação direta da luz conduz a consciência. Quando os pesos caem, quando os véus caem, quando a consciência se abre a esse impulso que nasce do mais profundo, a graça emerge.  Trazendo o estado de espirito de serenidade e alegria.


CAMPO DE HARMONIZAÇÃO
SEXTA FEIRA DIA 15 SET 2017 AS 19HS
INFORMAÇOES agni@agni-ec.com.br / 41.98707.355


O RITUAL DA VIDA . Yaco Albala


     El Hombre piensa, vive, experimenta sin comprender la res¿Cómo nace ante los ojos de un Hombre atento el Ritual de la Vida?
Cómo podemos vivir ritualísticamente?puesta de la vida a cada acción.
     Se mueve en el mundo, pero no escucha la respuesta de la vida a su movimiento.
     Si puede concientizar la respuesta de la vida a todo el movimiento que origina, allí nace el Ritual, la vida se transforma en un Ritual.
     Hay una respuesta de la vida a todo lo que el Hombre hace y si éste puede escucharla se torna en Ritual, naturalmente.
     Cuando pueda escuchar, no va a hacer nada, estará atento, quieto, pacífico para poder escuchar a la vida.
     Tiene por primera vez, ante sus ojos, el Maestro más grande que podemos tener, que es la Vida misma.
     Los Oráculos de Delfos. El oráculo responde a lo que falta, completa lo que se le pregunta.
     Oráculo y Ritual, son casi la misma cosa.
     Utilizar la vida como un gran oráculo que pueda responder a todo nuestro accionar.
     Un Transfigurado que observa las reacciones a lo que estimula, hace a la figura del Ritual y al Transfigurado.
     Las Naciones Unidas surgieron por un pensamiento plasmado en el Espacio, que alguien captó y trajo a la Tierra.
     Tuvo un molde, una matriz que fue dada para el Hombre, pero que no le pertenecía.
      Aprender esos movimientos, comprender y la Vida será un Ritual y así la Magia surgirá a instancias del mismo Ritual.
     El Ritual es un gran disolvente kármico, porque no quedan acciones postergadas, uno encuentra la respuesta de la vida e inmediatamente actúa.
     No se acumulan deudas, son aclaradas inmediatamente.
     Lo que el Hombre corrige, permite que la vida no lo corrija, eso es preferible.
     La etapa del Ritual, precede a la Primer Iniciación.
     El Ser Humano que se Inicia en ese Quinto Reino de la Naturaleza, esencialmente es un Ritualista, un Alquimista y un Mago.
     Como Mago reina sobre sí mismo y culmina como Rey.
     Todo eso comienza con el Ritual, aprendiendo de la respuesta de la vida.
     ¿Cuál será el diálogo de la vida, cuando no necesite respondernos a las cosas que hacemos?

     Talvez ahí surja, por primera vez, la noción de Inmortalidad.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

EM TEMPOS DE INCERTEZA

Tempo atual...de transição...de incerteza...de turbulência...de  desmoronamento do velho e ainda não compreensão do novo....de redefinição de identidades e das formas de compreender a realidade....material, imaterial, ciência, arte, cultura....tempo de conscientização da turbulência como agente contundente da transformação presente nas mudanças de pressão....

Turbulência...

Nome dado à movimentação do ar em grandes altitudes e que faz com que o avião balance. Basicamente, a turbulência acontece quando existe uma mudança brusca na temperatura, na velocidade ou na pressão do ar. Mudanças na pressão acontecem o tempo todo, mas quando são previsíveis, o piloto pode fazer ajustes na aeronave para se adaptar a elas - como mudar a potência das turbinas ou a posição dos flaps. Quando a mudança é de uma hora para outra ou quando acontecem muitas variações seguidas, não há como adaptar a aeronave e a pressão faz com que ela balance. Para entender porque isso acontece, é preciso levar em consideração que o avião se mantém no ar graças à força de sustentação, criada pela passagem de ar pelas asas do avião. Quando acontece uma mudança na velocidade do ar, a sustentação também varia, fazendo com que o avião fique instável.
A causa mais comum de uma turbulência são as nuvens de chuva. Mas também podem acontecer turbulências em áreas de céu limpo, quando acontecem as chamadas tesouras de vento. Essas massas podem atingir o avião, mudando sua sustentação. A passagem de aviões grandes também causa uma mudança na velocidade dos ventos, criando a chamada esteira de turbulência, que afeta aviões que passem pela mesma região logo na sequência. Isso normalmente acontece na hora dos pousos e decolagens e, por isso, o controle de voo precisa ficar atento para evitar acidentes. 
Em geral, as turbulências são previstas pelos radares, que conseguem detectar mudanças na densidade do ar. Assim, o piloto sabe a intensidade da turbulência que terá de enfrentar e decide se tenta escapar dela ou se segue em frente. "Normalmente, o que o piloto faz em uma zona de turbulência é desengatar o piloto automático e diminuir a velocidade, já que a turbulência é pior quanto maior a velocidade da aeronave". Atualmente, o aquecimento global está modificando também a temperatura na atmosfera e, consequentemente, criando mais áreas de turbulência.  A única regra a seguir é não enfrentar a natureza.

      Turbulência...

É requerido .. entender a turbulência como um resultado de dramáticas mudanças na pressão atmosférica...
É requerido... na vida...desenhar e articular as forças em jogo...
Compreender o  ‘fazer atmosférico’ que acumula partículas para apontar como os indivíduos tornam-se submersos dentro de condições atmosféricas mais abrangentes...
Estado particular e ‘estado atmosférico’ ....conscientizar os pontos de tensão, onde novas qualidades emergem da interação entre partículas e sistemas...
Modos particulares de atravessar entre o ‘particular e o atmosférico’:
·         Desenvolver relações entre meios de comunicação materiais e imateriais para habitar uma posição limite entre estas duas.
·         Meios imateriais usados para ativar espaços de equilíbrio, desenhando atenção para estas zonas liminares
·         A travessia final _ entre o objetivo de romper uma clara e definida epistemologia para privilegiar uma aproximação que abrace a incerteza, imprecisão e mudança.

Nuvem...

Nuvem...é quando a informação está velada, obscura, nebulosa, difusa ou secreta.
         ... ou quando condensa, floresce em atmosferas de turbulência caótica e vetores de pressão, em fluxos de maré e tempestades.
      ... ou uma nova formação de dados como uma distribuição de armazenamento e meios de recuperação global e aparentemente imaterial.
esta nuvem de dados existe em qualquer lugar e ainda assim em lugar algum em particular.

Estas aproximações questionam a idéia de um mundo definido e conhecido que está apto a ser capturado através de técnicas representativas. No seu lugar, é sugerido um processo físico de descobrir, requerendo imersão e ativa participação em fazer sentido das condições atmosféricas.
Este engajamento corporal resulta no ‘borramento’ de um distinto senso de si mesmo, e desafia os participantes a tomarem  parte num processo de co-formação entre ambientes circundantes e presença distribuída ‘universalmente...’

Filosofia Ciência..o que dizem...

método determinista próprio da ciência moderna, foi justificado pela necessidade para estudo e entendimento, da definição didática de um mundo ordenado e regulado, afastando a desordem, a incerteza e o erro que também estão presentes nos fenômenos’. O conhecimento científico clássico – usando do ‘rigor matemático’, desintegrou a realidade e, para poder quantificá-la, separou-a em disciplinas. Ao negar a multiplicidade dos fenômenos, anulando sua diversidade fez do paradigma científico moderno um paradigma que põe ordem no universo, reduzindo-se a uma lei, a um princípio. A simplicidade quer o uno e o múltiplo, mas não vê que o Uno pode ser ao mesmo tempo… – 'Múltiplo'...

Morin* afirma que a "compartimentalização da realidade provocou a cegueira em relação ao todo...o pensamento muda com novas experiências, e estas estão – sempre – atualizando o conjunto das teorias”. Sua ousada epistemologia afirma que "conhecer não consiste necessariamente, em construir sistemas sobre ”bases pré-determinadas”, mas trata-se, sobretudo de dialogar com a incerteza… "
As idéias-obstáculo a este novo paradigma da incerteza e da complexidade são os ‘dogmas ideológicos‘ que ainda sustentam e legitimam o atual discurso científico. 
Para Morin a nova conduta, adequada à nova realidade que os tempos atuais requerem, é, não mais negar o que não pode ser classificado, simplificado – mas, adentrar a compreender os mecanismos da incerteza na 'realidade complexa' do Universo.  Evoluir é elevar todas as ciências a um novo patamar de consciência integrativa e unificada

Material e imaterial...interno e externo...nuvens, turbulências, caos...incertezas...são as máximas do Universo....
É preciso começar a aprender a navegar cada vez com mais consciência e consistência nestas águas...

*Edgar Morin, é sociólogo e filósofo francês de origem judaico-espanhola (sefardita). É considerado um dos principais pensadores sobre a complexidade. Autor de dezenas de livros entre eles: O método’ (6 volumes); ‘Introdução ao pensamento complexo’; ‘Ciência com consciência’; e ‘Os 7 saberes necessários para a educação do futuro.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

NATUREZA NATURAL

Agradeço a oportunidade de estar aqui e poder falar um pouco com vocês a respeito de temas que para nós são importantes e que podem de alguma forma contribuir para que nós possamos viver de forma mais leve e mais feliz...
Hoje eu quero falar com vocês a respeito de experiências que eu tive com relação ao ensinamento, uns ‘insights do óbvio’ que andei tendo e que para mim, apesar de serem tão óbvios foram libertadores daquilo que estava me afligindo naquele momento. É isso que eu quero compartilhar com vocês.
Na última palestra nós falamos sobre ‘estar no rumo da paz e da harmonia’, quer dizer, se a pessoa ainda não está vivendo nesse lugar de paz e harmonia, como ela poderia fazer para chegar lá. Vou relembrar alguns pontos para podermos alinhavar a continuidade do que eu quero falar...
Falamos entre outras coisas que, na verdade, só é possível viver na paz e harmonia, se a pessoa conseguir sair do ciclo do prazer e da dor.
É o ciclo a que nós estamos submetidos como seres humanizados. Justamente por acreditarmos no nosso ego, por acreditarmos nas verdades e realidades criadas pelo nosso ego, nós entramos neste ciclo do prazer e da dor. Quando a vida vai de acordo com o que nós queremos, nós nos sentimos felizes; e quando vai contra a gente sofre...
Então, é sair deste ciclo e se libertar daquilo que mantém a pessoa presa na materialidade _ o        querer ganhar, o buscar o prazer, o querer o reconhecimento, o precisar do elogio _ deixar de viver preso nessa dinâmica do egoísmo ( apesar de reconhecer o egoísmo como sendo o traço característico da nossa fisicalidade, da nossa humanidade).
Ai a gente falou que se a pessoa fosse se libertando das amarras destas situações, ela poderia passar a viver estas mesmas situações mas em equanimidade, quer dizer, de uma forma equânime, sem estar sofrendo nas pontas do prazer e da dor...quer dizer sofrendo sem sofrer... e ai ela poderia conhecer a verdadeira felicidade, que é viver o que seja em paz, em harmonia.
Bom, a partir do dia em que eu fiz esta palestra e estas colocações, parecendo até um desafio, ou talvez até porque eu tenha colocado mais consciência sobre o tema, eu comecei a viver uma fase de grandes desafios justamente em relação a estes tópicos. Parece que começou a existir em mim um prazer em viver enroscada no ciclo do prazer e da dor.
Algo em mim parece que dizia ‘sim, eu sou egoísta, eu sou humana...e é isso que eu tenho prá viver...não é possível viver sem querer ganhar, sem querer que as coisas sejam do jeito que a gente quer....que a gente considera certo’...
Por mais que eu tivesse consciência de que não fosse isso, de que a vida apresenta o que ela tem que apresentar, mais eu me sentia presa a essas sensações, assustada, com medo que a vida apresentasse algo que eu não queria viver naquele momento...
Mesmo eu racionalizando o ensinamento, buscando trazer prá consciência que ‘tudo é perfeito do jeito que tem que ser’, mesmo assim meu coração estava apertado, meu estado de espirito era de angústia, bem distante da tal equanimidade diante das coisas...
E quanto mais eu dava espaço prá este estado de espirito permanecer em mim, mais ele ia se ampliando dentro de mim!
Sem que eu percebesse, naquele momento, que meu estado de espirito diante das coisas poderia ser alterado.
Eu me criticava e me perguntava: ‘por que ficar falando em sair do ciclo do prazer e da dor, em sair do egoísmo, em sair do querer ganhar, do ter razão, em sair do querer que a vida se desenvolva do jeito que eu considero bom, se o ser humano não pode mudar nada em si?? Me perguntava de que  adianta ficar falando disso, estudando, ficar preocupada com isso?
Parecia que não era possível seguir este ensinamento...
Aí eu comecei a achar esta história de equanimidade a coisa mais chata...como na história da raposa dizendo que as uvas estavam verdes, eu também comecei a achar a equanimidade uma coisa muito sem graça...justamente porque estava difícil para mim, viver, ainda que minimamente, a tal equanimidade...
E assim foi ficando até surgir o convite para fazer esta palestra...e ai me veio uma crise de não ter o que falar...pois se eu estava vivendo sentimentos ou que seja, sensações, de egoísmo, de questionamentos.... a respeito do que eu poderia falar??
Então eu vi que seria exatamente sobre isso...sobre como eu estava vivendo a contrariedade, a vicissitude, a alternância, que na verdade é a própria vida.
E ai eu comecei a destrinchar alguns estudos... mexer meu caldeirão....prá procurar entender melhor....prá pegar aquele ponto em que eu me encontrava em conflito  e tentar expandir a compreensão dele à luz do ensinamento....botar luz.....trazer lucidez....pra discernir melhor...
E eu vi que esta é uma dinâmica muito boa...que pode auxiliar bastante a gente a chegar num discernimento.
Então eu vi.....
O ensinamento propunha: assistir a vida....tudo bem...tô vendo....; ver o sofrimento....tudo bem; ver o prazer....tudo bem; assistir o querer ganhar, o ter razão.....tudo bem.....
Mas e o espirito de equanimidade diante de tudo?? Este estava muito difícil...parece até que de fato eu não queria me sentir equânime...o que eu queria mesmo é ir prás pontas...prá gangorra do sobe e desce....
Porque no sobe há prazer...mas parece que até no desce, no sofrimento, também há prazer...porque a pessoa parece até que quer ficar lá....sofrendo...
Aí, continuando a mexer o caldeirão... da vida...dos ensinamentos...me veio uma compreensão de  que só seria possível o estado de espirito de equanimidade para uma pessoa que tivesse fé!
Fé em Deus como causa primária de todas as coisas.
Fé em que tudo o que a vida propõe está certo porque está dentro da ordem divina.
Fé em que tudo são provas para a evolução do espirito...
Enfim...parecia que era preciso ter muita fé...
E quem não tivesse tanta fé? Não seria permitido a ele viver o estado de espirito de equanimidade??
Ai eu comecei a me relacionar com a fé e perguntar o que ela pedia...porque prá pessoa ter fé, é preciso que ela atenda aquilo que a fé pede dela...
E aí eu vi.....
A fé pede aceitação, entrega, confiança, integração (some o eu que se integra na fé), abertura, acreditar ou seja dar crédito....tudo isso dado a algo que a gente não sabe o que é....não se pode definir....não se pode conhecer....
E ai surgiu um medo...
Um medo dessa entrega incondicional a algo desconhecido.
Fui então falar com meu medo e ele me disse que eu sentia medo porque:
eu não queria ser impotente diante da vida....quando de fato eu não controlo nada, quando de fato eu não tenho nenhum poder sobre a vida...
eu não queria NÃO saber...quando de fato eu nada sei....
eu não queria me diluir....quando de fato nem existo...
eu não queria assim uma entrega incondicional....quando de fato está entrega já está...
eu não queria perder um pretenso domínio...me sujeitar a algo que não sei....
eu não queria ter uma confiança cega....
eu não queria sair da zona de conforto do conhecido.....
na verdade, eu não queria viver o natural que é o que é...porque eu queria viver o ideal...que é aquilo que eu queria que fosse...
E aí vi ...
Que dessa situação surgia em mim:
Uma grosseria prá me defender...                                                       
Um retraimento prá me proteger...
Um estresse prá me manter...
Um fechamento prá vida...
E ai veio um grande insight prá mim....um insight do óbvio...foi a consciência de que tudo o que eu tenho prá fazer e tudo o que eu posso fazer é me abrir prá vida que está, me relacionar, me harmonizar com o que de fato está aqui e agora...
Aí eu não preciso fé...não preciso nada...
Se eu me relacionar com o aqui e agora, sem interpretar, sem julgar, sem comentar, sem analisar....só com o que está.... e conseguir me harmonizar com isso....isso traz um estado de serenidade e concórdia... e pode resultar no estado de espirito de equanimidade diante de tudo....
No aqui e agora não tem emoção...o aqui e agora é o que é.... sem adjetivos...nós é que qualificamos a cada instante...
O que é....O que está....É tudo o que existe....É só o que existe a cada agora...
Então não interessa se é o melhor ou o pior prá mim...se foi Deus causa primária quem gerou....se são provas para a evolução do espirito....
O que interessa é que aquilo que eu estou vivendo é o que é...é o que eu tenho pra viver...se eu tenho fé ou não tenho, também não interessa...tudo o que eu preciso ‘SÓ’ é me integrar ao que está! Me harmonizar com os pensamentos a respeito daquilo que está...entrar em equilíbrio...aceitar o que está...do jeito que vier...
Perceber que A FORMA como eu estou qualificando aquele aqui e agora é o que pode estar me levando ao sofrimento...
E eu posso optar por permanecer sofrendo ou sair do sofrimento...
Perceber que o que está gerando o meu sofrimento é o meu querer, são os meus desejos...minhas posses: eu sei...quero que seja deste jeito....assim é o certo....eu gosto disto desta forma, eu não gosto... eu julgo, eu critico...
Parece assim que na hora do ato existe aquele impacto...mas ai eu posso  conscientemente procurar me relacionar ESTRITAMENTE com o que está e perceber que no que está não tem adjetivos...não tem qualificação...
Eu posso não acreditar no falatório do ego...
Eu posso escolher dar alimento pro sofrimento, pro egoísmo....ou deixar ele morrer de inanição...optando por me harmonizar com meus pensamentos sobre o que está!
Então harmonizar é entra em equilíbrio...RETOMAR O EQUILIBIRIO NATURAL!
Quando eu pensei isto, me veio outro insight...uma consciência de que  há um equilíbrio natural....uma felicidade natural....um estado de amor natural...natural?? É! Natural...um estado de amor que é nato....que é próprio do ser universal...e ele é interrompido pelo estado de sofrimento que é criado pela mente, pela qualificação do que acontece....
E então eu vi....como uma imersão num oceano...ESTA É A NOSSA NATUREZA NATURAL...UMA NATUREZA AMOROSA...
E eu pude perceber que para o estado natural se manifestar não é preciso fazer nada!
É só não bloquear...
É só abrir a camisa de força que nos mantém presos no julgamento, na critica, na expectativa...e permitirmos nos inundar com esse campo de força amorosa que brota de dentro de nós mesmos....de todos e de cada um....
E esta NATUREZA NATURAL amorosa ESTÁ SEMPRE NO AQUI E AGORA!
Então ficou muito forte a idéia de me libertar do ideal prá permitir o natural....
Compreender que o ideal não está no mundo da realidade, mas no mundo das probabilidades....então ele não tem ação na vida, a não ser a de nos tirar fora da vida....prá nos tirar fora da nossa natureza natural!! Então na realidade parece que não há o que temer, porque o ideal não existe!
Lembrar que a couraça que nos isola desta nossa natureza natural é a couraça feita por aquele ‘advogado interno’ que pretensamente diz que sabe o que é o melhor prá nós e entra em nossa vida querendo determinar as nossas ações, os nossos objetivos, dizendo o que é certo e o que é errado em todas as áreas de nossa vida.... e nos isolando de nós mesmos....da nossa natureza natural....amorosa...
Trazendo o medo da gente se jogar nesta corrente....
Mas aí, nós podemos nos lembrar que não precisamos fazer nada....só permitir, não bloquear quando ela se apresenta em nós....porque esta natureza se apresenta...
É só aceitar e se entregar neste fluxo natural....vivo....espontâneo...que quando a gente se abre prá ele...ele começa a pingar e depois a jorrar em nós...
É nós permitirmos a nossa integração....a nossa dissolução...porque ai some o eu... ele se integra ao todo através dessa corrente...
E essa natureza amorosa, ela nos aceita como nós somos...e aceita a tudo como parte desse fluxo...aceita a tudo e a todos como são...
É nós acreditarmos...darmos crédito...e nos entregarmos prá experimentar...
É nós nos permitirmos sermos naturais, como nós somos, sem máscaras....nus....sem a roupagem da expectativa....do julgamento....da critica....do querer....do poder....
De fato é nos abrirmos e mergulharmos dentro da nossa natureza amorosa...
Vou oferecer para vocês uma canção que me tocou muito quando eu ouvi...mais além da forma, do conteúdo das palavras...vibrou amorosamente em mim... e é um convite prá quem ouve se abrir ao amor.... então quero compartilhar com vocês oferecendo praqueles que quiserem se abrir prá esta natureza amorosa em si....
Salve o amor e a alegria!
Procurar se aproximar de frequências que ressoem de forma amorosa pode ajudar a gente a abrir este canal...
Experiências mostram que se colocarmos dois instrumentos musicais com a mesma afinação, um diante do outro, quando um tocar o outro vai vibrar na mesma frequência....pela ressonância...
Então, a gente se ligar á frequência da alegria...eu acredito que ela pode nos alimentar e vai facilitando o retomar à nossa natureza natural...
A alegria, a celebração.....celebrar a vida...perceber que tudo o que nós temos é a nossa vida prá viver.... e procurar viver esta vida com mais leveza...
Talvez cantando um pouco mais....talvez dançando um pouco mais...
Procurando não interromper o fluxo natural da harmonia que é nosso...que jorra dentro de nós mesmos...porque ele é natural...
E se ele é harmonia...ele flui na justa proporção....na proporção correta em cada ser.... é um FLUXO DE CONCÓRDIA porque harmonia é concórdia entre as partes... CONCÓRDIA É ACEITAÇÃO....É ESTAR DE ACORDO... são as partes que formam o nosso ser em acordo...em concórdia...em harmonia...é o nosso pensamento...nosso sentimento....nossa ação....se alinhando no mesmo fluxo de concórdia...
E disso surge o que?
Este estado de espirito de harmonia traz a GRANDE CURA...quando as coisas entram na ‘justa proporção’ elas se harmonizam....e dão espaço para o amor.
Na ‘justa proporção’...não é num extremo nem no outro...é na justa proporção.
Este estado de espirito amoroso ele traz uma paciência e uma mansidão consigo mesmo e consequentemente com tudo....na aceitação.
Quando você permite que este fluxo amoroso flua, você ama a tudo...ama o universo, o todo...tudo é amor...porque tudo ele integra...
E ai eu vi...
QUE A LUZ É PRÁ CLAREAR... PRÁ TRAZER LUCIDEZ...DISCERNIMENTO...
E O AMOR É PRÁ INTEGRAR....SE DISSOLVER E VIRAR UM...
Não é só viver a vida que nós temos prá viver...mas é permitir esse fluxo universal...
E prá isso não se precisa fazer nada...é só deixar de impedir prá que ele surja naturalmente...porque é da nossa natureza..
Então AMAR É VIVER HARMONICAMENTE COM TODAS AS COISAS DO AQUI E AGORA, QUAISQUER QUE ELAS SEJAM...
É soltar as ilusões do nosso ego que dizem isso e aquilo...não acreditar nelas...porque tudo o que está sempre acontecendo por detrás, é a nossa natureza natural amando!!!
Prá isso é preciso a gente mudar A FORMA de tratar as coisas do mundo... as pessoas, os objetos, os acontecimentos...ao invés de viver aprisionado aos valores criados pelo ego, conviver dentro das características amorosas que tudo possui.
E compreender que AMAR ....esse é o elo que interliga todas as coisas....todos os seres...tudo no universo...
Esse é o estado natural do ser universalizado....do ser integrado...
E o que nos cabe fazer?
Permitir que o fluxo natural do amor jorre naturalmente... inicialmente abrindo uma brecha pequena...que começa a fluir.... e assim como um córrego vai aumentando o seu fluxo ao vencer obstáculos em seu caminho....também essa abertura prá natureza amorosa que é natural em nós....se não for bloqueada, poderá jorrar cada vez mais natural e abundantemente...em cada um...
Tem uma imagem que interessante que sempre podemos lembrar...no canal do panamá tem uma diferença de nível entre o oceano atlântico e o oceano pacifico. Para um navio fazer a travessia de um para o outro, ele precisa entrar numa eclusa e aguardar que o nível da água suba até que atinja o mesmo nível do oceano que está do outro lado, fora da eclusa...ai a eclusa é aberta e o navio sai, sem esforço, naturalmente, sem nem perceber.... mas foi preciso um tempo de acúmulo da água...
Ou seja, estamos no oceano do egoísmo...entramos na eclusa e vamos acumulando  as condições que favoreçam a nossa natureza natural de Luz e Amor...sem expectativas nem interesses...de repente abre-se a comporta da eclusa e naturalmente a passagem é feita...fruto de tudo o que foi acumulado em seu interior....
É só deixar que a nossa natureza natural amorosa venha nos permeando...
E agora quero oferecer um canto para vocês...
FIRMEZA
transcrição literal de palestra de Hanna (Annamaria Pires) . final 2010



sábado, 12 de agosto de 2017

CONSONÂNCIA & DISSONÂNCIA (Coração, 1932)

...313.”Deve-se dar conta do que realmente mais oprime o coração. Os acontecimentos grandes não oprimem tanto o coração como a sequência das pequenas poeirinhas do cotidiano. É muito necessário que se lembre bem disto, pois os grandes acontecimentos podem até dar um influxo especial de energia psíquica”.
...315. “ A calma é o equilíbrio da tensão. A unificação da consciência é, antes de tudo, a preservação da energia. Esta regra é comumente esquecida. Quando, em lugar da fisiologia limitada, for introduzida a psicofisiologia, então cada um poderá compreender que significado tem a economia de energia.”
...316. “Até um gigante pode ser contido por um pensamento pequeno, se este atua como uma dissonância. As pessoas muitas vezes olham em volta, estremecem, mudam de direção e, de toda maneira, dão ouvidos a pensamentos fugazes, sem sequer perceber sua fonte. A lei da atração e repulsão pelo pensamento será aceita mais prontamente pelos músicos, que compreendem a consonância e o significado da dissonância, com uma clave estabelecida para toda a peça. Quem compreende o que significa conduzir uma completa e multissonora sinfonia numa clave determinada, compreenderá mais facilmente a função do pensamento básico, mesmo quando a tarefa é multiforme

domingo, 6 de agosto de 2017

O BEM AVENTURADO
(republico a transcrição literal da palestra feita por Hanna em 11.05.11, 
inspirada nos ensinamentos do 'amigo espiritual' Joaquim)
...tema de trabalho sobre si, perfeitamente atual!

Dias atrás me chegou uma inspiração para falar ou refletir com vocês sobre o bem-aventurado...sobre a importância das palavras de Jesus nas bem-aventuranças....isso ficou ressoando em mim por dias...que era importante eu ver esse ‘guia’ onde Jesus deveria ter sintetizado todo o seu ensinamento para se alcançar a felicidade universal...

Não é preciso nem dizer prá vocês que assim que eu resolvi olhar mais detalhadamente este tema, a vida me colocou num liquidificador... tendo que atender a uma série de desafios...com certeza prá eu poder enxergar melhor o que poderia ser ‘viver em bem-aventurança’, mesmo estando dentro do liquidificador...então, de fato, tudo é sempre um desafio que a vida propõe prá gente viver....com amor... e quando a gente não vive com amor, a vida traz de novo o tema, prá gente, da próxima vez, ver se consegue viver com amor....e assim sucessivamente...

Parece que o ponto inicial das bem-aventuranças é o fato de que, qualquer pessoa, sem exceção, é atormentada pelo sofrimento, que é a grande doença da humanidade. E se Cristo veio ao mundo para curar as doenças, para revelar como o ser humanizado pode encontrar a cura vivendo a felicidade incondicional, então isto deve estar contido nas bem-aventuranças...pensei...

Comecei a relembrar as bem-aventuranças...aí eu vi também que cada bem-aventurança pode dar margem a muitas compreensões...e daí... qual é a certa? qual é a compreensão que Cristo pretendia passar para nós?
Isso eu não sei.... e nem tive tempo de fazer este estudo mais aprofundado...mas , à medida em que eu me perguntava isto, eu fui vendo... e fui sentindo.... que tudo...tudo...todo ensinamento afinal...no final... ele converge para o  amar.

E aí veio a clareza...

O bem-aventurado é aquele que ama incondicionalmente!!!

Chegou esta clareza de que, mais além do que a gente pode estar detalhando sobre cada uma das bem-aventuranças trazidas no sermão da montanha.... e isso talvez seja possível se fazer em outro momento.... mais além do que isso....o importante possa ser compreender que todas essas bem-aventuranças convergem para o amor universal!

“Então o bem-aventurado é aquele que ama incondicionalmente!”

E o que é o bem-aventurado, me perguntei? 
É aquele que tem o reino dos céus....

E o que é o reino dos céus? 
É um estado de espírito onde, estejamos onde estivermos, tendo quem quer que seja ao nosso lado, a gente viva em perfeita harmonia com o universo e em felicidade....
viva na felicidade incondicional...

O bem-aventurado é aquele que se liberta de suas vontades individuais e permite.... e reconhece  tudo o que existe tem uma inteligência superior...tem uma justiça perfeita... que rege todas as coisas.... e o bem-aventurado se entrega a ela.....a essa justiça perfeita...
é disso que se trata....não de perguntar como, onde, pra que, por que....mas só de reagir com amor...

E aí a gente pode perguntar....

Isto é possível pra nós....míseros seres humanizados? 
Talvez seja possível sim... se decidirmos abrir nossa consciência e trabalharmos sobre nós mesmos neste sentido... eu acredito que sim!

Mas afinal o que é viver o amor universal?
Viver o amor universal é estar na felicidade incondicional...é aquela que não é baseada nos padrões humanos....mas nos padrões universais...e tudo o que nos cabe fazer é viver na felicidade...em paz, serenidade...

Prá mim parece que neste momento tudo parou por aí...parece que até que eu consiga colocar isto em prática, tudo para por aqui...porque tudo acaba retornando para o mesmo ponto...toda a investigação, o estudo que eu faço...tudo o que eu tento clarear... tudo o que eu vivo... tudo o que eu assisto em mim.... acaba sempre retornando para a questão do amor universal!!

Então parece que saber sem praticar, não vale nada....é preciso praticar o que a gente recebe e valida...é isso que eu vejo....não adianta querer ir adiante.... e nem sei se tem adiante.... e nem sei se dá para ir adiante...

Então é preciso aprofundar mais aquele ponto em que a gente está...

Eu vou ser repetitiva...mas parece que todo ensinamento para esta reforma interna se resume em  aprender a amar! À medida em que a gente repete prá a gente mesmo...à medida em que a gente ouve de novo a mesma coisa...parece que vai descongelando aquele bloco de gelo no qual a gente pode estar aprisionado...aquele bloco de gelo dos nossos conceitos, das nossas verdades, da visão humana que o mundo pede que a gente tenha....então a gente vai olhando para o amor....vai olhando para o amar...e de novo... e de novo...e aí a gente vai se abrindo pro sentir...e aí as coisas vão ficando mais claras e mais simples prá se viver todo dia...toda hora... e aí talvez vai ficando mais fácil dar um “dane-se” praquilo que nós queremos...prá podermos viver com o mundo e com a nossa vida como ela está....amando o que está!!

É um trabalho bem desafiante...é um trabalho maravilhoso!!!é um trabalho bem graduado...
Este é o convite para todos nós...pra começarmos o trabalho sobre nós mesmos, de buscarmos ser o amor...

E a gente pode se perguntar: 
aprender a amar...mas amar como?”
Começando a viver com alegria, compaixão, igualdade...

E prá isso é preciso o que?
Dar as costas para o mundo...nos libertarmos das âncoras que nos prendem à materialidade...

E o que mais pode ajudar neste processo?
Aprender a ver a essência das coisas e não a forma material...

E o que mais?
Compreender que tudo o que acontece, toda a nossa vida, é um espelho de nós mesmos...para que nós possamos aprender a nos conhecer.... a vida é uma oportunidade de ouro de revelação...de nós prá nós mesmos...

E o que mais?
Compreendermos que mundo ‘nos cobra nossa humanidade’, ou seja, quer nos manter presos ao seu sistema de vida humano baseado nos valores materiais...então é preciso firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo.... e entender as perseguições  ou seja as críticas que sofrem aqueles que vivem ou querem viver com o amor universal.
Porque é preciso ousadia para viver na contra mão dos valores estabelecidos...esses valores que alimentam o egoísmo, a competição, o individualismo...ou seja, que alimentam o humano e desprezam o espirito...
Então firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo... mas também firmeza para evitar a auto-acusação que pode levar a pessoa a abandonar a sua busca por achar que não vai conseguir...pelas suas limitações...pelas suas recaídas...
No Evangelho de Tomé tem uma logia que fala sobre isso...que a vida do espirito é um caminhar constante com a certeza de que um dia ele vai tropeçar nos buracos da estrada e vai cair...neste momento, ele deve se levantar rapidamente e continuar sua caminhada com uma única certeza: que ele vai cair novamente e vai se levantar da mesma forma...

Então a gente pode dizer que viver o amor universal é um exercício constante...nas 24 horas do dia.... de aprender a viver no mundo  sem ser do mundo!
Dentro da lógica humana, que é só a que nós temos pra usar...parece que tudo está se resumindo neste desafio...viver o amor universal... então é focar nesta lição... é se exercitar nela....

A gente pode tentar detalhar um pouquinho, quem sabe fazendo um resumo...assim, ‘começando pelo começo’...validando as premissas básicas, as cinco verdades universais do Evangelho de Tomé:
1.    sou um ser de luz tendo uma experiência como ser humanizado;
2.    o mundo é mental e não material;
3.    venho para a densidade da matéria para viver o que a vida me propõe, em harmonia comigo e com o mundo, amar e irradiar a minha luz;
4.    existe uma lei maior agindo sobre todas as coisas da minha vida...sobre todas as provas da minha vida...e essa causa primária é inteligência suprema...é justiça perfeita...é amor sublime...
5.    minha única prova em tudo o que vivo é a manifestação do amor universal...

Tudo o que segue vem a partir de validar estas premissas.
Então, afinal, tudo se resume nisso...em manifestar o amor universal...aprender a ser o amor universal...porque esta é a prova...em tudo o que a gente estiver vivendo...qualquer coisa que seja....está é a prova...viver sendo o amor universal!

Mas como viver o amor universal?
O Evangelho de Tomé diz que viver o amor universal é viver em alegria, compaixão e igualdade...

E o que é viver em alegria?
Viver em alegria é viver com leveza...com serenidade... não porque a vida esteja trazendo uma satisfação pessoal...mas na certeza de que, olhando pelo olho do íntimo e não do mundo material, há só uma ação e uma atividade presente em nossa vida...ela é a perfeição...e tudo está de acordo com ela...
Essa ação é a inteligência suprema...a justiça perfeita... o amor sublime...
Então, se é assim... isto só pode ser motivo de alegria... é esta confiança que traz a nota de alegria para a nossa vida....
Alegria também pode ser viver em estado de gratidão...
O exercício da gratidão traz uma alegria muito grande...e a partir do momento em que isto vai se tornando uma prática, uma constante....a gente pode perceber como vai mudando a nossa vibração diante das coisas que nos acontecem...
Então esta é alegria como manifestação do amor universal...
Aí tem a compaixão...viver a compaixão como manifestação do amor universal...

E o que é a compaixão?
A compaixão...a gente pode definir como a consciência do sofrimento que a gente pode causar a nós mesmos ou ao outro...sofrimento a nós mesmos quando vivemos pela verdade do outro, do mundo, e não pela nossa verdade interior... sofrimento ao outro quando queremos obriga-lo a viver pelas nossas verdades...
Porque, ficando fechados na nossa própria verdade...muitas vezes nós nem alcançamos a consciência de que podemos estar ferindo os irmãos... de que podemos estar espalhando a infelicidade e a tristeza, que acaba com a felicidade...
Então, compaixão é sair do próprio egoísmo...do olhar as coisas a partir de si.... e vir afinando esta sensibilidade.... de conseguir se colocar no lugar do outro...
A compaixão não é sofrer o sofrimento, mas repassar alegria para auxiliar o irmão...
E o terceiro ponto para se viver o amor universal é a igualdade...

E o que é igualdade?
Igualdade é o direito igual que todos tem de serem quem são...igualdade é aceitar cada um como ele é....aceitar inclusive a si próprio como a gente é...com as nossas ‘belezuras’ e as nossas ‘ feiuras’ que podem ser acolhidas e polidas...sem querer mudar...ensinar ...mostrar o certo...o melhor...
Conceder a igualdade é conceder a todos o direito de acharem e fazerem o que quiserem... e eles vão estar sempre ‘certos’....cada um dentro dos seus conceitos...mesmo que para nós, muitas vezes, esteja parecendo algo absurdo mesmo...
Isso é a igualdade...são todos iguais em suas diferenças...

Amar universalmente é amar por amar...sem condições.....manifestando em tudo a alegria, a compaixão, a igualdade...
Já é um bom começo... agente poder vibrar nestes três atributos...

E para isso, para a gente amar por amar é preciso o que?
O ‘amigo espiritual Joaquim’  diz que para amar, é preciso a gente ‘suplantar condições’. O que quer dizer? Isto quer dizer que ninguém entra no amor universal sem suplantar condições. Quem dizer, só quando a gente vence a condição... aí a gente entra na incondicionalidade ( no ‘sem condição’).
A gente não ama verdadeiramente sem superar as condições para amar...
Só quando a gente vence o amo porque...amo quando...amo como... amo para... aí a gente pode amar verdadeiramente sem condições....no intransitivo...só amar...
Então a gente pode dizer que amar é suplantar as condições que nos levam a amar em alguns momentos e em outros não.
Então é preciso morrer para as condições...para aquilo que condiciona o amar...

Mas ninguém nasce sem antes morrer. Portanto é preciso morrer antes, para depois poder nascer de novo...morrer para os valores humanos...nos libertando dos condicionamentos que nos prendem à materialidade...para poder compreender a vida carnal a partir de valores espirituais...

E aí nós podemos aplicar o ensinamento das ‘quatro âncoras’...que eu acho um exercício maravilhoso...porque todo dia... a todo momento...tem material para trabalho.... a todo momento nós estamos passando por alguma situação onde estas âncoras nos propõem nos aprisionar...então eu vejo que é um belo trabalho de assistir a nossa  vida nestas situações...colocar consciência...porque ‘sem consciência tudo se complica, mas com consciência tudo se resolve!’

Quais são estas âncoras que bloqueiam o fluxo do amor universal e consequentemente bloqueiam o estado de alegria e felicidade incondicional?
1.    A primeira âncora é a vontade de ganhar é o medo de perder. Justamente por querer ganhar sempre, a gente fica com medo de perder... querer ganhar é pretender sempre estar com a razão, estar certo, saber o que é o melhor....pretender mostrar para as outras pessoas que elas estão erradas...isso gera o medo de perder e o sofrimento...

2.    A segunda âncora é o desejo de alcançar o prazer e o medo de sofrer...então quando a agente alcança aquilo que a gente quer, a gente sente prazer...é a satisfação  pessoal...e quando a gente não alcança, vem o desprazer...a gente sente dor.... a gente sofre... é óbvio...a gente se frustra...se entristece, perde a alegria...
É preciso nos lembrar que ‘ a vida não está aqui para atender aos nossos desejos’...existe uma lei maior...tudo é feito por esta inteligência suprema que rege todas as coisas e as manifesta na perfeição para o que aquele espírito merece e necessita a cada agora...

3.    A terceira âncora é a busca do elogio e o medo da crítica...porque a crítica funciona aí como uma reprovação...que retira a posição de sábio... de bom... de competente...de inteligente...
Aquele que quer viver a felicidade incondicional...aquele que quer romper com os valores do mundo...precisa ousar...correr o risco da crítica...e se libertar de ficar na expectativa dos elogios...da aprovação...do impulso externo...

4.    A quarta âncora é a busca da fama e o medo da infâmia; é quando nós buscamos o reconhecimento, o aplauso...é quando a gente tem prazer em ser superior aos outros....sermos os melhores...é a gente querer que o outro admita que a gente está certo....a gente quer o aplauso...

São estas ações egoístas que nos fazem sofrer...quando permanecemos presos a elas...então prá sair fora deste mecanismo que aprisiona e nos ancora na materialidade...e que é estimulado a todo momento pela humanidade...é preciso um esforço de consciência...
Trazendo luz...e vendo o que acontecendo a cada momento... e não acreditando...vendo que é só um mecanismo operando...e que a gente não precisa entrar na dele...
Não é negar o mecanismo que propõe o aprisionamento...mas é ver ele operando...e não dar lenha prá ele crescer em nós...

E o que mais pode nos ajudar a ‘sermos’ o amor universal?
Aprender a ver a essência das coisas e não apenas a forma material...a essência de um objeto, pessoa ou acontecimento é a sua função...todas as coisas existentes possuem uma função universal ou essência universal...por exemplo, uma casa é um abrigo, um automóvel é um meio de transporte....a forma não tem significado, mas a essência sim...então tanto faz a forma... se é bela... se é nova....se é rica...entender a essência é entender as coisas espiritualmente...

E o que mais?
Compreender que tudo o que acontece, toda a nossa vida, é um espelho de nós mesmos...prá que possamos aprender a nos conhecer...é uma oportunidade de ouro de revelação...de nós, para nós mesmos...
E de repente até sentir gratidão por aquele personagem na nossa frente...que a gente pensa que é nosso inimigo...mas que está naquele momento se oferecendo para representar um personagem que vai nos mostrar algo de nós mesmos!!!
Então não existe culpa....culpado de nada que acontece conosco a não ser nós mesmos... o outro não existe....ele só está nos refletindo...
Por exemplo, se alguém tem à sua frente alguém que ‘quer levar vantagem’ sobre ele... é a vida mostrando que ele mesmo quer levar vantagem sobre os outros...
Se outro tem à sua frente alguém que é ríspido... é a vida mostrando a sua própria rispidez...esta é a ‘função espelho’...este é a lei do carma em ação... é a vida colocando à nossa frente espíritos afins, iguais, com o mesmo padrão de ação que o nosso, encarnados ou não, que praticaram determinados atos, de tal forma que eles sejam a real imagem do que nós somos na realidade, mesmo que nós não nos vejamos assim...
Tudo o que a gente constata no mundo exterior...nas pessoas, nos objetos, nos acontecimentos...é o mesmo que existe em nós enquanto egos..
É um grande auxílio para o nosso auto-conhecimento...é para nos auxiliar a ‘sermos’ este amor universal...

E o que mais?
Compreender que o mundo nos cobra nossa humanidade, ou seja, o mundo não é condescendente com as dissidências...é só observar o próprio corpo humano...quando ele reconhece algum elemento estranho ao seu sistema, ele elimina...
E o mundo quer fazer o mesmo...porque o mundo é o principal inimigo do espírito...a consciência material é a pior inimiga da consciência espiritual....porque elas não só são diferentes como são opostas...
O mundo quer que nós vivamos apenas como seres humanos...presos aos valores materiais, individualistas...e não como seres universais que buscam o amor universal... a felicidade incondicional!

E quando nós ousamos sair do quadradinho...
Quando nós ousamos sofrer sem ficarmos presos ao sofrimento...quando nós ousamos nos harmonizar continuamente com o que está presente no aqui e agora, sem nos revoltar e querer mudar...quando nós ousamos achar que não são as condições do mundo que podem nos fazer felizes ou infelizes, mas que podemos viver a felicidade incondicional...sem condições....quando nós ousamos romper com as expectativas de ganhar sucesso...reconhecimento...fama...ser amado...ser vencedor... receber elogios...tudo isto pode ser nosso e se vier será muito bem-vindo, sem que precisemos vender a vida para buscá-los loucamente...
Quando nós ousamos viver em alegria, compaixão e igualdade...
O mundo não entende e nos cobra nossa humanidade!
E pode nos julgar, nos criticar e nos condenar...nos ridicularizar e nos depor do seu sistema...e aceitamos com serenidade...porque o mundo material só dá o que é dele! E a nossa busca é viver na carne pelos valores do espirito e não pelos valores materiais do egoismo, da competição, do individualismo...

Então é preciso firmeza na ousadia de dar as costas para o mundo...é preciso ousadia para viver na contra mão dos valores estabelecidos... e entender as críticas...e não se deixar abater pela auto-acusação quando vivencia uma recaída de querer largar tudo e se entregar aos apelos do mundo...

É preciso entender que vivenciar a vida é assim...existem ‘as vicissitudes’...os ‘sobe-e-desce’...para que o ser caia e se levante....com serenidade e consciência de que o mecanismo é este....com confiança na vitória do amor e da luz sobre toda a limitação humana...que é a chave para abrir-se ao reino da perfeição que já está em cada um à sua disposição para aquele que conseguir acessá-lo!

Este é o convite...esta é a convocação...para um tempo novo...
Paz e Harmonia a todos!