O MECANISMO DO APRISIONAMENTO e DA LIBERTAÇÃO
É o
mecanismo do aprisionamento que impede que o serviço essencial esteja sendo feito...
Este
mecanismo se manifesta, entre outras maneiras, através de:
servir a
uma causa que não se acredita, servir a valores que não se valida...
desperdiçar
a própria vida, querendo viver a vida do outro (ocupando-se dela) e não vivendo
a sua própria...
dizer SIM
ao mundo externo da aparência e dizer NÃO ao mundo interno da sua essência...
não estar
servindo ao verdadeiro propósito de sua vida...
Este é o
mecanismo que aprisiona o ser, e vai impedindo cada vez mais dele se revelar
a si próprio, impedindo dele se reconhecer na essência daquilo que é.
Esta forma
de viver aprisionado em valores do externo, faz com que haja um
desalinhamento interno entre o pensamento, o sentimento e a ação; este
desalinhamento vai causando um atrito interior e um cisalhamento, gerando, mais
cedo ou mais tarde, malefícios que fatalmente irão se apresentar em
estados nervosos, de estresse, cansaço, angústia, depressão, insatisfação
interior, falta de rumo, falta de vitalidade, medo, doença....morte em vida.
A saída é buscar, com consciência, o
mecanismo de libertação.
O ser
humano só se harmoniza, quando está a serviço de sua essência. Este é o chamado
‘serviço essencial’. Essencial porque é o mais necessário, o único
serviço imprescindível de ser feito...
Estar a
serviço de sua essência significa estar cumprindo com o propósito de sua vida.
Vir se libertando das limitações,
pode aproximar o ser de encontrar este propósito...
E que limitações são estas afinal?
Aquelas que aprisionam o ser em suas humanidades...as quatro âncoras: o querer
sempre ganhar e ter medo de perder, o querer ter prazer e o medo de sofrer, o
querer o elogio e o medo da crítica, o querer a fama e ter medo da infâmia...
Limitações que tornam o ser ‘contrariado’,
porque muitas vezes o que está em sua vida é ‘o contrário’ do desejo que está
em sua mente.
E esta contrariedade ao se repetir
cotidianamente vai criando um estado de irritação...um fogo destruidor, que
segrega um veneno expansivo conhecido no agni ioga como ‘imperil’.
Este veneno vai interrompendo os
canais de eletricidade do sistema nervoso, gerando bloqueios que consomem a
energia física, exaurem o mecanismo humano, conduzem a estados de confusão e
exaustão, cristalizando cada vez mais o distanciamento do ser, de seu interno.
Compreender muitas vezes a
infantilidade contida no estado de irritação, quando ‘a criança birrenta chora quando
não tem o que quer porque quer’...colocar consciência sobre as próprias ações e
reações...perceber o mecanismo básico humano das quatro âncoras operando e vir
aprendendo como desativar seus gatilhos...colocar o foco no coração...tudo isto
vai gradativamente libertando o ser do jugo deste estado desintegrador.
A meditação dinâmica pode auxiliar
neste processo de auto-percepção e permitir a abertura interna que traz o
insight da compreensão.
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