O
GRANDE DESAFIO DO SER HUMANO: VENCER SUAS HUMANIDADES
Qual o sentido do ser
humano buscar se harmonizar?
Fazer frente ao grande desafio do ser humano: vencer suas humanidades!
Fazer frente ao grande desafio do ser humano: vencer suas humanidades!
Fazer frente à constatação
da limitação do ser humano, suportar a própria humanidade, suportar as
ambivalências da condição humana...
Um
punhado de pó...”
abordar o vazio do ser contingente que em nós toma consciência de sua real
condição....é uma física do pó que se olha no espelho e vê a sua imagem-mancha
a desaparecer lentamente... e a perguntar-se: qual a virtude possível deste
grão de pó?” (Pondé)
A experiência cotidiana
desagua quase que necessariamente num drama de vaidade...
No
prefácio ao clássico livro de seu amigo Allan Bloom, O
declínio da cultura ocidental, Saul Below escreve:
“Na maior das confusões,
ainda existe uma porta aberta para a alma. Pode ser difícil de encontrar, pois
na meia-idade ela está coberta de mato, e algumas das moitas mais densas que a
cercam brotam daquilo que definimos como a nossa educação. No entanto, a porta
sempre existe e cabe a nós mantê-la sempre aberta, para ter acesso à parte mais
profunda de nós mesmos – àquela parte que está a par de uma consciência
superior, graças à qual podemos fazer juízos definitivos e considerar tudo em
conjunto. A independência dessa consciência que tem força para ser imune ao
ruído da História e às distrações de nosso meio ambiente: eis o que representa
a luta pela vida. O espírito tem de encontrar e de manter a sua base contra as
forças hostis, às vezes personificadas em idéias que freqüentemente negam a sua
própria existência e que repetidamente parecem, na verdade, tentar anulá-lo por
completo”.
A
luta pela vida é fazer crescer em si mesmo a coragem de aceitar a sua condição humana limitada, e o anseio por assumir
o encontro da porta aberta para o espírito.
Fazer crescer em si mesmo a
independência da consciência superior, que tem força para compreender os
impactos do dia a dia e expandir a visão de conjunto. E deste lugar de
consciência, receber a própria ajuda para enfrentar a própria condição humana
sem mentir sobre ela...
Todas as coisas de Deus
são boas a seu tempo...Nada é melhor para o homem do que alegrar-se...
Citando Pondé em seu estudo sobre o Eclesiastes no artigo Um punhado de pó: “O simples respirar já
é alegria, precisamente porque “o homem não é senhor de seu sopro de vida, nem
é capaz de o conservar” (ECLESIASTES 8,8). Embora a alegria tenha caráter
contingente, por ser dádiva e portanto depender exclusivamente da vontade do
doador, ela se instala graças ao ordenamento da vida.”
“Essa “cosmologia da graça” desarticula
a relação entre o ato e o seu efeito: a inteligência não garante o sucesso; nem
a velocidade, o prêmio; nem a coragem, a vitória; nem o amor, o amor; nem a
prudência, a riqueza. Não se deduz das tarefas o seu sucesso. Segundo o sábio,
o tempo e o acaso parecem julgar e distribuir os efeitos, e ambos são por igual
manifestações da vontade divina: “os justos, os sábios e seus atos estão na mão
de Deus” (9,1).
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