INFORMAÇÃO
ARMAZENADA, VERDADE ESTABELECIDA
“O
que mantém o homem sempre tão ocupado são suas tarefas diárias, sua avareza,
sua crueldade para com os outros seres. É por este motivo que não pode ouvir o
grito de sua própria alma no desejo de acordar, de se desdobrar, de atingir o
alto, de se expandir e seguir o caminho que leva à Perfeição.”
A atenção é a capacidade que possuímos de discriminar e nos
focalizar apenas no que desejamos perceber. Podemos perceber milhões de coisas
ao mesmo tempo, mas, usando nossa atenção, podemos segurar qualquer delas no
primeiro plano de nossa mente.
Utilizando nossa atenção, capturada pelos adultos quando
ainda eramos crianças, aprendemos como nos comportar em sociedade, em que
acreditar e em que não acreditar, o que é bom e o que é mal, o que é bonito e o
que é feio, o que é certo e o que é errado, todas as regras e conceitos sobre
como comportar-se no mundo.
Nunca tivemos a oportunidade de escolher em que acreditar ou
não acreditar. Nunca escolhemos nem ao menos o menor desses acordos.
Não escolhemos nossas crenças, mas concordamos com a informação
que nos foi passada por intermédio de outros seres humanos.
Não escolhemos essas crenças, e poderíamos nos ter rebelado
contra elas, mas não tivemos força suficiente para realizar essa rebelião.
A única maneira de armazenar informações é por acordo. Se concordamos,
se validamos, acreditamos na informação...e ela passa a ser verdade para nós...e
passamos a nortear a nossa vida por ela!
Se não concordarmos, não armazenamos essa informação.
Desde a infância, quase sempre concordamos, cedemos às
crenças com nosso consentimento, na expectativa do reconhecimento.
O reconhecimento, a recompensa, é a atenção que conseguimos
de nossos pais, ou de outras pessoas como irmãos, professores e amigos. Logo
desenvolvemos necessidade de captar a atenção de outras pessoas para conseguir
a recompensa.
A recompensa provoca uma sensação boa, e continuamos fazendo
o que os outros querem que a gente faça para obter a recompensa.
Com medo de sermos punidos e medo de não ganharmos a recompensa,
começamos a fingir ser o que não somos apenas para agradar aos outros, só para
sermos suficientemente bons para outras pessoas.
Estas crenças são tão fortes que mesmo anos mais tarde,
depois que fomos expostos a novos conceitos e tentamos tomar nossas próprias
decisões, descobrimos que essas crenças ainda controlam nossas vidas. E muitas
vezes fazem sofrer...
É considerado normal que os seres humanos sofram, vivam com
medo e criem dramas emocionais. A sociedade é um lugar muito difícil de viver
porque é regida pelo medo. Muitos seres humanos mantém-se presos ao sofrimento,
à raiva, à violência...Justamente porque
permitem que assim seja. Está em cada um o poder de optar por...este
mecanismo é o que precisamos melhor conhecer e exercitar.
Estar vivo é o maior medo que os homens possuem. A morte não
é o medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estar vivo - o risco
de estar vivo e expressar o que somos na realidade. Simplesmente sermos nós
mesmos é o maior medo dos seres humanos.
Os seres humanos punem a si mesmos interminavelmente por não
serem quem acreditam quem acreditam que devem ser. Tornam-se autodestrutivos, e
usam também outras pessoas para fazerem mal a si mesmos. Mas ninguém nos pode
fazer mal com tanta eficiência quanto nós mesmos.
Os tempos atuais trazem o convite, a convocação:
acalmar este movimento para fora, para o condicionado...’pode
ser que seja assim, mas pode ser que não’...’tanto faz e tanto fez...a que isto
está buscando resposta?’
sintonizar a própria luz interior que está viva e contém
todas as informações;
abrir-se ao conhecimento direto que, passo a passo, constrói
um viver menos condicionado e mais consciente.
MAIS...
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